Farroupilha enfrenta um problema considerado histórico pela prefeitura e pela gerência da Companhia Riograndense de Saneamento do município. Embora a Corsan alegue ter atendido a demanda de água neste ano, por meio de melhorias na capacidade de reservação, dar conta de todo o abastecimento é uma preocupação recorrente na cidade.
Para garantir um verão sem interrupções no serviço e, consequentemente, mais tranquilo para os moradores, a companhia realiza obras de construção de um novo reservatório, com capacidade para armazenar 2 milhões de litros de água. O espaço integra o reservatório intermediário Pio X, responsável por atender a região central de Farroupilha, e deve beneficiar, segundo a Corsan, 72.331 habitantes.
A obra é executada pela empresa SM7 Engenharia, Tecnologia e Importação Ltda., pelo valor de R$ 3.629.298,67. Conforme Pablo Uez, responsável pelas pastas de Planejamento e Meio Ambiente, a exigência é da prefeitura, mas o investimento é da própria Corsan.
— Temos produção, barragens próprias, mas o problema é que a reservação de água tratada estava deficitária. A cidade cresceu e a demanda também. Esse investimento vem a suprir essa necessidade — diz o secretário.
Iniciada entre fevereiro e março deste ano, a obra deve ser finalizada por volta do dia 15 de novembro, segundo o gerente da Corsan em Farroupilha, Elton Luiz Ernzen. O responsável explica que o reservatório é formado por cinco plataformas sobrepostas, em formato de anel. Duas delas já estão instaladas, de acordo com o gerente. A expectativa é finalizar o restante da montagem até a próxima segunda-feira (9). Após o término dessa etapa, ocorre a impermeabilização interna, com previsão de conclusão até o dia 15. Por fim, é realizada a desinfecção do espaço. O cronograma da Corsan pretende colocar o novo reservatório em funcionamento ainda em dezembro.
Conforme Ernzen, as obras utilizam material vitrificado, chapas de aço e outras estruturas pré-prontas, o que agiliza a montagem do reservatório. Há, ainda, um processo em fase inicial de criação de outro novo reservatório, dessa vez, localizado no sistema São Luiz, intermediário que armazena água e a distribui para outros bairros. A criação dos dois novos reservatórios, segundo Ernzen, deve desafogar os outros sistemas que fornecem o serviço no município.
Obra deve garantir o fornecimento de água, mesmo nos horários de pico
Parte do problema do abastecimento de Farroupilha se dá nos chamados horários de pico, registrados principalmente das 11h às 16h, às sextas-feiras e aos sábados. São os dias mais críticos, conforme Ernzen, em que a demanda de consumo chega a superar a capacidade de produção. O gerente aponta que a maioria dos consumidores trabalha fora de casa e, por isso, acaba aproveitando o período no final da semana para atividades como lavar roupas, a casa e o carro.
— Não temos tido ocorrências de falta de água nos picos de consumo, mas é sempre importante ter essa reserva em situações que fogem do nosso controle, como a falta de energia, para atender a demanda durante a reparação — afirma o gerente.
De acordo com Ernzen, o próximo verão deve ser de regularidade no fornecimento de água aos farroupilhenses:
—As pessoas não vão se preocupar com falta d'água ou interrupções no abastecimento — garante.