Cerca de 120 profissionais de todas as áreas do Hospital Fátima, em Flores da Cunha, foram surpreendidos no fim do último mês com cartinhas e pequenos presentes confeccionados pelos estudantes da Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Tarcísia. Dessa vez, o gesto foi ainda mais singular, uma vez que a equipe da escola endereçou cada carta com o nome de um funcionário do hospital.
O projeto convidou, ainda, os profissionais da instituição a gravarem vídeos com orientações sobre saúde para as famílias dos pequenos. O resultado dessa troca só poderia ser positivo, como avalia a diretora Cristiane Teles Popsin:
— Foi muito gratificante para as crianças, as profes e o próprio hospital, desde o momento da elaboração do plano até o momento da entrega.
Na primeira parte do projeto, as professoras da escolinha pediram que os alunos elaborassem, com a ajuda da família, cartas com desenhos, pinturas e recortes. O movimento levou à criação de cerca de 200 mensagens (por isso alguns profissionais receberam mais de uma), além de flores de papel e dobraduras.
As homenagens produzidas em casa foram deixadas na escola em um drive-thru. Na ocasião, as crianças puderam rever, ainda que de dentro do carro, os colegas e a professora, além de dar uma espiadinha, pela janela, em espaços dos quais sentem falta, como o parque. No dia, elas também receberam da escola um pacote com guloseimas.
Na entrega das mensagens no Hospital Fátima, a equipe da Irmã Tarcísia agradeceu pelo empenho dos funcionários, incluindo aqueles que não trabalham diretamente na área da saúde:
— Como anteriormente nós havíamos pedido o nome dessas pessoas, cada cartinha estava endereçada. Eles se animaram, diziam "tem pra mim também" — lembra Cristiane.
Troca que faz bem
A ideia de convidar os profissionais da instituição a gravarem vídeos com orientações surgiu quando a equipe da Irmã Tarcísia detectou dúvidas levantadas pelos pais sobre questões pertinentes à idade — a escola atende crianças dos dois anos aos quatro e 11 meses. São assuntos que podem se tornar um desafio, ainda mais quando as crianças não podiam mais frequentar a escolinha em razão da pandemia: desfralde, autonomia da criança na higiene pessoal, rotina saudável e limites estabelecidos pela família. O material com orientações de saúde foi enviado para as famílias nos grupos de cada turminha no WhatsApp.