Foi com alegria que as direções das Escolas Estaduais de Ensino Médio João Pilati e Rachel Calliari Grazziotin, de Caxias do Sul, receberam a notícia que atingiram a meta projetada para o Ensino Médio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2019. Os dados divulgados na terça-feira (15) pelo Ministério da Educação (MEC) apontam que ambas as escolas ultrapassaram até mesmo as metas projetadas para a próxima edição, em 2021.
Leia mais
Ensino Médio é único nível a superar a meta do Ideb em Caxias do Sul
Volta às aulas em escolas municipais segue indefinida em Caxias
Da meta de 4,6, a João Pilati conseguiu em 2019 a nota 5,0. Já a Rachel Grazziotin fez 4,7 dos 3,6 projetados. Para 2021, as metas de notas para as duas instituições ficaram em 4,8 e 3,8, respectivamente, resultados que já foram superados em 2019.
A diretora da Escola João Pilati, Greici Lorandi, afirma que o corpo docente tem o hábito de acompanhar os resultados de avaliações externas em que os estudantes participam para saber a efetivação da atividade escolar.
— Cremos que essas avaliações são termômetros para o nosso trabalho diário. Ficamos imensamente orgulhosos de nossos estudantes por terem obtido um resultado positivo. Enquanto escola, também ficamos muito felizes, pois sabemos que o trabalho docente está sendo efetivo e vem obtendo os resultados almejados — comemora Greici.
A busca por resultados é a prioridade da escola, localizada no interior da cidade, no distrito de Criúva. Greici conta que o êxito envolve o empenho de toda a comunidade escolar, incluindo, além da instituição, os estudantes e os seus familiares.
— Acreditamos que o caminho do sucesso de um estudante se inicia no âmbito escolar. Dessa forma, as ações são contínuas e sempre voltadas para a aprendizagem global. Em meio a essa pandemia, todos estamos inseguros em relação a tudo. Na escola não está diferente, mas estamos buscando atender a todos da melhor forma possível — relata.
A diretora da Rachel Grazziotin, Jussara Domingues, no bairro Fátima, salienta que os esforços durante a pandemia são maiores e que a instituição está procurando desenvolver ações para alcançar sempre os melhores resultados.
— A nossa meta sempre foi atingir ao máximo e, trabalhando com os professores, estamos conseguindo bons resultados e sempre melhorando — pondera Jussara.
De acordo com a coordenadora pedagógica da instituição, Paula Cagliari, anualmente os professores fazem um planejamento de ações que podem ser realizadas com os alunos e venham a potencializar as habilidades que eles encontram maior dificuldade.
— Sempre buscamos incentivar para que participem de feiras científicas e estejam envolvidos com outros projetos que estimulem a curiosidade. Somente a sala de aula, o escrever, copiar e decorar não estimula. Tentamos trazer pessoas diferentes para conversar com eles e trabalhar todas as proficiências — descreve Paula.
Além dos novos desafios impostos para este ano, a pandemia também não permitiu a participação dos estudantes da Rachel Grazziotin nas feiras científicas do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), eventos pedagógicos que eles sempre se destacaram.
Paula explica ainda que há uma preocupação grande, por parte da equipe diretiva e de professores, com os alunos durante o período de isolamento social e de estudos remotos.
— Alguns estão perdendo o estímulo que a gente tenta passar para eles. Os professores estão com uma demanda maior de trabalho, atendendo estudantes até de madrugada, mas nunca deixando de atendê-los. Estamos ligando para os pais dos estudantes que estão com dificuldades e os que não tem conexão à internet estão indo na escola para estudar.
A coordenadora pedagógica da escola lamenta que o atual método de ensino tem grande diferença daquele vivenciado presencialmente.
— A gente tenta trabalhar com os alunos também a parte afetiva, dialogando e fazendo mediação com a Cipave. Muitos entram desestimulados e cansados, e assim, além de ser coordenadora, tento fazer esse lado de conversar com eles. Não está fácil com essas aulas online, mas vamos fazendo o máximo que a gente pode — conclui.
Além das duas que atingiram a meta do Ensino Médio, das escolas estaduais de Caxias do Sul, 12 atingiram a meta nos anos iniciais do Ensino Fundamental e apenas uma alcançou a projeção dos anos finais do mesmo nível. No âmbito municipal, 21 escolas alcançaram a meta dos anos iniciais e quatro a dos anos finais do Ensino Fundamental.
ESCOLAS MUNICIPAIS QUE ATINGIRAM A META
Anos iniciais do Ensino Fundamental
:: EMEF Abramo Pezzi
:: EMEF Caldas Junior
:: EMEF Engenheiro Mansueto Serafini
:: EMEF Manoel Pereira dos Santos
:: EMEF Alberto Pasqualini
:: EMEF Américo Ribeiro Mendes
:: EMEF Armindo Mario Turra
:: EMEF Carlin Fabris
:: EMEF Catulo da Paixão Cearense
:: EMEF Dezenove de Abril
:: EMEF Érico Cavinato
:: EMEF Erny de Zorzi
:: EMEF José de Alencar
:: EMEF Madre Assunta
:: EMEF Papa João XXIII
:: EMEF Prefeito Luciano Corsetti
:: EMEF Professora Leonor Rosa
:: EMEF Ruben Bento Alves
:: EMEF Vitório Rech Segundo
:: EMEF Arnaldo Ballve
:: EMEF Vereador Marcial Pisoni
Anos finais do Ensino Fundamental
:: EMEF Manoel Pereira dos Santos
:: EMEF Engenheiro Dario Granja Sant Anna
:: EMEF Padre Antônio Vieira
:: EMEF Santo Antônio
ESCOLAS ESTADUAIS QUE ATINGIRAM A META
Anos iniciais do Ensino Fundamental
:: Colégio Henrique Emílio Meyer
:: EEEF Clemente Pinto
:: EEEF Dante Marcucci
:: EEEF Dona Hercilia Petry
:: EEEF Dr. Theodosio Rocha Netto
:: EEEF Matteo Gianella
:: EEEF Professor Silvio Stallivieri
:: EEEF Professora Maria Luiza Rosa
:: EEEM Alexandre Zattera
:: EEEM Cavalheiro Aristides Germani
:: EEEM Melvin Jones
:: EEEM São Caetano
Anos finais do Ensino Fundamental
:: EEEF Clemente Pinto
Ensino Médio
:: EEEM João Pilati
:: EEEM Rachel Calliari Grazziotin