Motoristas que circulam pela Avenida São Leopoldo em horários de pico enfrentam dificuldades em acessar as vias transversais devido ao alto fluxo. O problema é enfrentado principalmente por quem trafega no sentido bairro-centro.
Atualmente, quem precisa realizar uma conversão à esquerda precisa aguardar o fluxo de duas faixas no sentido contrário. No fim da manhã desta terça-feira (7), período em que a reportagem observou os cruzamentos, veículos que precisaram realizar a manobra não enfrentaram grande dificuldade, em razão do baixo fluxo. Em horários de pico, porém, é comum ficar vários minutos aguardando pela gentileza de outros motoristas ou por uma brecha entre os veículos. Essa espera também faz com que o veículo que irá converter tranque o fluxo da faixa da esquerda, obrigando os veículos que estão atrás a parar.
Situações assim ocorrem há cerca de um ano, desde a conclusão do recapeamento da São Leopoldo. Além da aplicação do novo pavimento, a obra reconfigurou o trânsito na via, com a implantação de duas faixas em cada sentido e a retirada de refúgios centrais que auxiliavam nas conversões. Para organizar o trânsito, também foram implantados semáforos em alguns cruzamentos, como o da Rua Carlos Mauri.
— Precisaria ter um tempo a mais para quem vai fazer a conversão. Se alguém para na rua para acessar a Carlos Mauri, todos atrás também tem que parar — observa o representante comercial Claudio Graunke, 50 anos, que faz esse caminho com frequência para visitar a mãe, que mora nas proximidades.
De acordo com o secretário de Trânsito, Alfonso Willembring, duas alternativas para amenizar o problema são analisadas. A implantação de um tempo exclusivo para a conversão é uma delas. Contudo, o ajuste em semáforos costuma modificar a dinâmica do trânsito no entorno e precisa ser bem avaliado. A outra possibilidade, conforme o secretário, é a instalação de lombadas eletrônicas, especialmente na pista de descida. Dessa forma, a redução de velocidade tornaria mais fácil a conversão. O secretário não deu prazo para as intervenções.
— A via foi ampliada para duas faixas, mas o espaço é muito restrito, sem qualquer chance de ter um refúgio central. Até nos pontos de ônibus eles precisam parar sobre a faixa — destaca Willembring.