Ajustes operacionais realizados no Aterro Sanitário Rincão das Flores, em Caxias do Sul, vão permitir que a área siga recebendo lixo nos próximos meses sem a necessidade de uma ampliação emergencial. O aumento na capacidade havia sido cogitado em fevereiro, após a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) constatar que o espaço disponível para o depósito de lixo se esgotaria em maio.
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Na época, a intenção era solicitar à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) o aval para aumentar a quantidade de lixo que poderia ser depositada na atual área de 10 hectares. Enquanto isso o município trabalharia em um projeto para ampliação da área disponível no aterro em 20 hectares, que demandaria captação de recursos.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente de Caxias, Nerio Susin, técnicos da Codeca e da secretaria passaram a adotar técnicas que permitiram melhor compactação do lixo. Além disso, o nível de preenchimento do aterro estava menor do que o previsto.
— O resíduo vai baixando ao longo do tempo, vai se transformando em gás, escorrendo o chorume (líquido gerado pelo lixo) — explica Susin.
Com os ajustes, a área atual ganhará uma sobrevida pelo menos até o fim do ano, o que permite ao município se debruçar sobre a solução definitiva: a ampliação da área do aterro.
Na sexta-feira (26), a Semma protocolou junto à Fepam o projeto que amplia em 20 hectares a área disponível para o depósito de lixo. Os estudos foram realizados por uma empresa terceirizada e passarão por análise do órgão estadual, responsável por emitir a Licença de Instalação, que Susin espera ter em mãos até outubro. A ampliação ocorrerá em etapas, a primeira de cerca de 25 mil metros quadrados, mas dará tranquilidade no processamento de resíduos do município pelos próximos oito anos, desde que sejam mantidos os níveis atuais.
Para tirar o projeto do papel, contudo, são necessários cerca de R$ 44 milhões. Em abril, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou uma lei que permite o município contratar um financiamento de R$ 12,1 milhões. De acordo com Susin, o pedido já foi encaminhado à Caixa Econômica Federal (CEF), mas ainda está em análise.
— Não adianta pegar o empréstimo de R$ 44 milhões agora para usar (nas etapas) em 2026, mas podemos preparar a área agora — explica o secretário.