Enquanto as aulas presenciais estão suspensas, oito escolas municipais de Caxias do Sul seguem passando por obras. Grande parte delas convive com reformas desde o ano passado, antes mesmo da pandemia do coronavírus. Pela projeção da prefeitura, todas as ações devem estar concluídas até o final de 2020.
Confira como está a situação em cada uma delas:
ADEQUAÇÕES
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) São Vicente de Paulo, no bairro Jardelino Ramos, tem obras realizadas desde outubro de 2019. O local passa por adequação e melhorias de acessibilidade, com a construção de uma rampa. O valor total gasto é de R$ 134 mil e a previsão de término é em 26 de agosto.
Nas escolas Zélia Rodrigues Furtado, no loteamento Parque Oásis, e Ramiro Pigozzi, no Arcobaleno, ocorrem a cobertura das quadras. Na primeira, a obra iniciou em agosto do ano passado, e na segunda em dezembro. O custo total estimado é de R$ 356.261,13 e R$ 317.570,51, respectivamente, e ambas têm previsão de conclusão para o início de agosto.
Já as reformas na Escola de Educação Infantil (EEI) Alaíde Monteiro, no bairro Pôr do Sol, iniciadas em dezembro de 2019, custarão R$ 108.771,18. A previsão para término é em 15 de julho.
OBRAS ESTRUTURAIS
As escolas Arnaldo Ballvê, Governador Roberto Silveira e Aurora Milesi passam por intervenções mais demoradas e, por conta disso, os estudantes chegaram a ser transferidos para outros locais antes do início da pandemia.
A Arnaldo Ballvê, localizada no bairro Santa Lúcia, sofre alterações desde setembro de 2019. Os ajustes preveem troca do telhado e piso, reforma das paredes, além de incluir o trabalho necessário para obtenção de alvará do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). O investimento total é de R$ 1.043.975,37. Segundo a prefeitura, a obra se encaminha para o fim, com previsão de entrega em 19 de agosto. Os estudantes da instituição iniciaram o ano letivo de 2020 no prédio do Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza.
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Desde agosto do ano passado, cerca de 450 alunos da escola Governador Roberto Silveira, no bairro Kayser, estudam no prédio do antigo Mutirão, no bairro Nossa Senhora de Lourdes. A obra prevê ajustes nos banheiros, piso, pintura, fechamento da quadra esportiva e reforço estrutural das fundações. Atualmente, no local estão sendo feitos os acabamentos da parte interna e cobertura da quadra. A previsão é de que a escola seja entregue em 13 de novembro. O valor destinado chega a R$ 1.425.725,62.
Por fim, o prédio da Escola Aurora Milesi Rizzi, em Forqueta, foi entregue ao município em junho de 2013 e, no ano seguinte, já apresentava problemas estruturais, conforme a prefeitura. O revestimento cerâmico começou a despencar. O município tentou acionar a construtora, mas os donos entenderam não ter responsabilidade pelos defeitos. Segundo a escola, toda a cerâmica já foi removida para receber o novo revestimento. Em 2018, ela passou por reformas. Atualmente, no local são realizadas reformas gerais, recebendo novo revestimento, aperfeiçoamento dos beirais e pintura. O investimento inicial foi estimado em R$ 322.401,34. A expectativa é que tudo seja finalizado em 29 de setembro.
NOVA ESCOLA
A construção da Escola Municipal San Gennaro, no bairro Santa Catarina, teve início em agosto de 2018. O investimento inicial é de cerca de R$ 6 milhões. Diferente da estimativa inicial de que as obras estariam finalizas antes do ano letivo deste ano, o novo prazo ficou para setembro. A nova instituição atenderá crianças e adolescentes do entorno do bairro e do loteamento Rota Nova. O prédio será composto por 10 salas de educação fundamental, com capacidade para 60 alunos no turno da manhã e 60 no turno da tarde. Além disso, serão quatro salas de educação infantil para 40 alunos em cada turno.
De acordo com a Smed, a demora para finalização das obras envolve diversos trâmites dos processos, incluindo verba, lentidão das funções e, agora, a pandemia de coronavírus, que havia interrompido por um período as atividades. Ainda conforme a pasta, caso as aulas presenciais retornem durante as reformas, as execuções não sofrerão alterações e continuarão normalmente.
A secretária da Educação, Flávia Vergani acredita que com a finalização das obras, os benefícios são destinados não só aos alunos, como também para a própria prefeitura.
– Eu acho que o impacto é positivo. No sentido de que há muito tempo a comunidade fazia reivindicações e solicitava reparos. Os trabalhos sendo finalizados são conquistas para a comunidade e pro município também, que tem como dever fazer esses movimentos e esses cuidados com as escolas – comenta.