O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen), em Porto Alegre, começou a realizar, nesta sexta-feira (6), os exames específicos para o novo coronavírus. Neste primeiro dia, a análise foi feita com o apoio de técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, que é quem produz os insumos para os exames e é para onde a Secretaria Estadual da Saúde (SES) enviava as amostras com as suspeitas da infecção. Com isso, a expectativa é reduzir o tempo para obter os resultados de oito dias para até 48 horas, segundo a SES.
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O Lacen recebeu 10 kits da Fiocruz, com capacidade para realizar 200 exames. O laboratório pode fazer 60 exames por dia para coronavírus. Até esta sexta, o Lacen investigava os tipos mais comuns de vírus em circulação no país como os influenza A e B. Os casos em que o Lacen descartava esses tipos de vírus eram encaminhados para um segundo exame na Fiocruz. Agora, o primeiro exame a ser feito é o específico para o coronavírus. Os que tiverem resultado negativo é que serão rodados para os demais tipos.
Conforme a Secretaria de Saúde, a primeira carga de exames foi feita em cerca de 20 amostras que estavam no Lacen. Elas tiveram resultado negativo para o vírus. Contudo, os dados ainda precisam ser classificados e tabulados no sistema para serem contabilizados nos balanços diários da SES, que já tinha o balanço desta sexta-feira (6) finalizado no momento do resultado. Neste momento, não há como dizer de que cidades eram provenientes as amostras, segundo a SES.
A Serra tem onze casos suspeitos em investigação, de acordo com último boletim epidemiológico da SES: Caxias com cinco, Canela e Farroupilha com dois cada, Guaporé e Bento Gonçalves com um cada.
Identificação da carga genética
O exame para o coronavírus é um teste de biologia molecular que identifica a carga genética do vírus. A cada rodada, com cerca de 30 testes ao mesmo tempo, são utilizados um exemplar positivo e o outro negativo para controle.
Para a análise, o Lacen utiliza amostras de secreções das vias respiratórias (do nariz e garganta) dos casos suspeitos. Esses materiais são coletados das pessoas com a suspeita da doença com espécies de hastes longas de plástico com algodões em suas pontas ou aspirados por sonda. Assim que chegam ao laboratório, essas amostras passam por diferentes estágios de preparação e extração da carga viral das moléculas até chegar a etapa final do processo.