Pelo menos 13 famílias foram atingidas pelo incêndio ocorrido no bairro Charqueadas, na divisa com o Planalto Rio Branco, na noite de sábado (14), em Caxias. O número foi repassado pela prefeitura, que esteve no local prestando apoio às vítimas do acidente, um dos maiores registrados pelo Corpo de Bombeiros nos últimos anos na cidade. De acordo com o secretário de Habitação, Carlos Giovani Fontana, foi preciso pedir o auxílio da Fundação de Assistência Social (FAS) para dar o encaminhamento no auxílio dos desabrigados pelas chamas.
— Por lei, temos direito a prestar 25 atendimentos de auxílio moradia por mês, e eles estão comprometidos neste momento. Então, solicitamos o apoio da FAS para isso — disse.
Conforme a titular da FAS, Marlês Sebben, o cadastramento prévio dessas 13 famílias foi realizado ainda na noite de sábado, porém, o encaminhamento de cada uma delas será realizado somente nesta segunda (16), por meio do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS).
— Dependemos ainda desse diagnóstico de cada família, saber se moravam de aluguel ou eram proprietárias, quantas pessoas moravam na casa, o que cada uma vai precisar para recompor sua residência, informações assim. Somente a partir daí poderemos dar um encaminhamento, cada situação é uma situação — apontou ela.
De acordo com Marlês, nenhuma das famílias atingidas pelo incêndio precisou de abrigo fornecido pela prefeitura durante a noite deste domingo. As pessoas preferiram ficar nas casas de familiares ou vizinhos.
A prefeitura também forneceu ajuda por meio do Samae, com caminhões-pipa, da Codeca, com caminhões para guardar os pertences das famílias atingidas, e da Secretaria da Saúde, com o atendimento das ambulâncias do Samu. Ninguém ficou ferido com gravidade durante o incêndio.
Comunidade poderá ajudar
Em situações de incêndios de grande porte é natural que a comunidade queira ajudar quem perdeu tudo. A titular da FAS, Marlês Sebben, explica que isso poderá ser feito a partir da semana que vem.
— Precisamos, primeiramente, fazer um levantamento sobre as necessidades específicas de cada família e, depois disso, certamente vamos acionar a comunidade. Caxias é muito solidária, mas precisamos organizar o que cada um precisa — ponderou.
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