Na manhã do último sábado (7), o clima era de festa para a família Pigoni no balneário Bom Jesus, pertencente a Arroio do Sal, no Litoral Norte gaúcho. Dona Geny preparava o almoço e uma torta para celebrar o aniversário de 61 anos do genro Marcus Aurélio Fúlvio Pigoni. Como sempre costumava fazer nos dois ou três meses do ano em que passava na praia, Marcus, natural de Marília (SP) e radicado em Caxias do Sul há anos, convidou a mulher Rejane, 60, para uma caminhada à beira-mar, por volta das 11h. Ele jamais imaginaria que, após percorrer cerca de um quilômetro pela areia até Sereia do Mar, perderia a própria vida para salvar outra. Por volta das 11h, avisado por Rejane e de forma instintiva, ele decidiu desafiar o mar revolto para resgatar um menino de oito anos, que clamava por socorro. Acabou derrotado após ter engolido uma grande quantidade de água e, segundo a família, pela demora no socorro e pela falta de um guarda-vidas.
Tragédia anunciada
Morte de aposentado traz à tona precariedade dos balneários do Litoral Norte
Demora no atendimento e falta de guarda-vidas são apontadas pela família como responsáveis por afogamento de Marcus Aurélio Fúlvio Pigoni
Daniel Angeli
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