Com uma ideia na cabeça e uma grande dose de boa vontade, uma decoradora de Garibaldi buscou ajuda para colocar em prática um projeto de solidariedade que ela havia visto em outras cidades: fabricação de máscaras de proteção individual ao contágio do coronavírus. Gabriela Manini encontrou em Diego Cettolin a ajuda que precisava. Eles contataram a Secretaria de Saúde do município e o Hospital São Carlos para verificar a demanda, o tipo e as especificações das máscaras. Organizaram a estrutura de como a iniciativa iria funcionar, criaram um grupo remoto com pessoas atuando em suas casas, distribuíram tarefas, convocaram voluntários por meio das redes sociais, conseguiram doações e deram início à produção.
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– Tive a ideia de fazer as máscaras porque muita gente, em outros grupos que estou, estavam comentando a dificuldade de comprar. Daí, falamos em fazer... Chamei o Diego e pedi se ele poderia verificar com alguém (da prefeitura) se poderia fazer e doar e se a secretaria de Saúde aceitaria doações de máscaras em TNT, se havia algum cuidado especial para fazer – relata Gabriela.
Após a confirmação da secretaria e com as devidas orientações sobre cuidados, higiene e modelo, a dupla criou um grupo de colaboradores. Formaram equipes de coleta das doações, de distribuição dos tecidos nas casas das costureiras, de fabricação e de entrega das máscaras.
– Ele (Diego) fez contato com outros grupos de voluntários que conhecia e, de um dia para o outro, conseguimos 1,5 mil metros de TNT e 20 voluntárias para o corte. No mesmo dia, conhecemos a Magali Carissimi, que se responsabilizou por ceder o seu ateliê e está realizando o corte de todas as máscaras. Em três dias cortamos e costumamos 7.850 máscaras – conta a decoradora.
Do total, cerca da metade foi entregue entre segunda e terça-feiras no Pronto-Atendimento Municipal (PAM). Outra parte foi entregue na quarta. Com a estrutura organizada, a mobilização é por mais matéria-prima. É que os estoques das lojas estão diminuindo. A alternativa foi buscar o TNT direto nas indústrias da cidade.
O número de voluntários aumenta a cada dia. São costureiras profissionais e amadoras. Cada uma trabalha na sua casa. E para quem se “contaminou” por essa iniciativa, é só ligar para o Diego Cettolin (54) 9 9901-3887 que coordena equipe de donativos ou para a Gabriela Manini (54) 9 9999-0236, que coordena a produção e o voluntariado.
Segundo Diego, as doações chegaram a 6 mil metros de tecido até terça. Além das máscaras, os voluntários fabricam proteção para os pés e cerca de mil jalecos.