Moradora da Itália há 27 anos, a gaúcha Ivete Capovilla, 48, natural de Bento Gonçalves, conta como está a situação no país após a confirmação de sete mortes por coronavírus. Até a manhã desta terça-feira (25), 283 pessoas haviam sido infectadas pela doença. O país já é o terceiro com maior número de confirmações, atrás da China, com mais de 77 mil casos, e da Coreia do Sul, com 833 doentes.
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— Domingo saiu um decreto dizendo que as crianças não terão aula durante esta semana. Foram fechados os museus, os cinemas, as feiras e as manifestações grandes que reúnem pessoas. Os trens e aviões estão sendo desinfetados também. Treviso teria Carnaval com desfile de carros feitos pelas comunidades, mas foi cancelado — conta a gaúcha, que mora com o companheiro e a filha de sete anos na cidade de Istrana, na região de Treviso.
Ivete diz que a sensação de desespero ainda não chegou a sua cidade e que, por enquanto, os moradores estão, de certa forma, tranquilos.
— Onde eu vivo é uma cidade pequena e o vírus está mais concentrado nos locais maiores. Os mais preocupados são as pessoas de idade — explica Ivete.
As sete mortes registradas no país são de homens e mulheres entre 62 e 88 anos.
Atenção às viagens
Diante do aumento de casos do coronavírus, a recomendação é que passageiros com viagem programada para a Itália, tendo o país como destino final ou ponto de conexão para outros lugares, devem entrar em contato com os agentes ou as companhias aéreas que emitiram os bilhetes. Diante da disseminação do coronavírus em território italiano, as empresas ainda não emitiram comunicados com orientações sobre como os viajantes devem proceder.
Quem já quiser cancelar a viagem, por precaução, precisa procurar a agência de turismo ou empresa aérea o quanto antes, tentando traçar um plano alternativo. Passageiros com embarque previsto para os próximos dias enfrentarão um período de muitas incertezas: há cidades em quarentena, monumentos fechados à visitação do público e falta de produtos no comércio, entre outras limitações.