Uma reunião marcada para o dia 15 de janeiro vai tratar da situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte de Caxias do Sul. No fim de outubro, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que administra a unidade desde a abertura do serviço, em 20 de setembro de 2017, deu um aviso prévio de que deixaria a gestão da UPA em um prazo de 90 dias, que vai até 29 de janeiro. O comunicado do IGH foi dado cerca de um mês depois de ter renovado, em setembro, o contrato com o município por mais um ano. A prefeitura, portanto, precisa encontrar uma forma de manter a unidade funcionando a partir do dia 30 de janeiro. A nova administração municipal trabalha com a possibilidade de manter o instituto à frente da unidade.
O aviso prévio foi dado ainda na gestão de Daniel Guerra (Republicanos), que posteriormente foi afastado no fim de dezembro em processo de impeachment na Câmara de Vereadores. O então secretário da Saúde, Julio Cesar Freitas da Rosa, afirmou que a mudança na gestão era resultado do aprimoramento de mecanismos de fiscalização. Segundo ele, a secretaria passou a ser mais rigorosa no atendimento das metas assistenciais e, por isso, foram feitas algumas retenções de valores. Ainda na gestão de Daniel Guerra, a ideia da prefeitura era contratar uma nova organização social de forma emergencial até uma nova licitação ser lançada.
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Após o impeachment de Guerra, a linha de ação da prefeitura vai no sentido de tentar prorrogar o contrato com o próprio IGH até encontrar uma solução definitiva, como explica a secretária da Saúde, Marguit Meneguzzi.
— Vamos tentar uma reaproximação com o IGH na busca de que, se realmente eles optarem por não cumprir o contrato na íntegra, até setembro, que é o que está assinado, nós consigamos estender este prazo do desligamento por pelo menos mais um ou dois meses, para encontrar uma empresa para substituir e deixar, inclusive, os trabalhadores que estão trabalhando lá mais tranquilos nas suas atividades e, de maneira nenhuma, interromper a assistência da comunidade. Porque essa não é a ideia da gestão, não queremos fechar a UPA, não queremos interromper o atendimento; vamos manter o atendimento de qualquer jeito — afirma.
Ainda conforme a secretária, o IGH resolveu deixar a administração da UPA por falta de entendimento após apontamentos de uma auditoria sobre situações do serviço que deveriam ser solucionadas. Conforme nota enviada pela assessoria de imprensa do instituto em dezembro, o atual contrato do IGH com o município não poderia ser alterado para igualar a metodologia apresentada na licitação da UPA Central, o antigo Postão. O IGH afirmou que, por não conseguir atender as demandas da secretaria, optou por deixar a gerência da UPA da Zona Norte.
Conforme a prefeitura de Caxias do Sul, o IGH suspendeu um aviso prévio que seria dado nesta segunda-feira (6) aos funcionários após uma conversa com o prefeito interino, Ricardo Daneluz (PDT), no início da manhã. Segundo a administração municipal, não será dado aviso prévio aos funcionários antes da reunião do dia 15.
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