Em total silêncio, dezenas de pessoas acompanharam o sepultamento de Ariana Victoria Godoy Figuera, na tarde deste sábado (14), em Caxias do Sul. A venezuelana de 24 anos morreu na manhã de sexta-feira, após ter sido atacada pelo ex-namorado quando chegava em casa, no bairro Desvio Rizzo.
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Familiares, amigos e imigrantes venezuelanos que moram na Serra estiveram no Cemitério Público Municipal Rosário II para prestar as últimas homenagens à jovem.
— Agora estamos nos organizando para cuidar das crianças. A bebê vai ficar comigo e com minha esposa. A maior vai ficar com minha irmã Joswinda — disse Leonardo Avila, um dos cinco irmãos de Ariana que moram no Brasil, logo após o sepultamento, ainda emocionado.
Durante o velório, realizado desde a manhã de sábado, na capela mortuária do cemitério, o clima foi de comoção e pedidos por justiça. Vítima de feminicídio, a jovem venezuelana deixa dois filhos, de três e um ano de idade.
MORTE POR ASFIXIA
O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) concluiu que Ariana morreu por asfixia mecânica provocada por queimaduras das vias aéreas e dos pulmões. O IGP ainda analisa as roupas da jovem para identificar a substância utilizada por Deivis Lobato Braga, 36 anos, que confessou o crime e está preso preventivamente.
De acordo com o prontuário médico, a venezuelana teve 19% do corpo atingido por queimaduras de 3º grau em razão da substância que atingiu a face e o tórax. Ariana morreu por volta das 7h desta sexta-feira (13), no Hospital Pompéia. O crime aconteceu na noite anterior, quando o ex-namorado atacou a jovem quando ela chegava em casa, no bairro Desvio Rizzo.