O km 43 da ERS-122, em Farroupilha, não tem segurança suficiente para liberação do trânsito. Essa é a avaliação de geólogos e engenheiros do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), que estiveram na rodovia no início da tarde desta quinta-feira (14). A decisão de liberar ou não, porém, será tomada pela direção do Daer e pela Secretaria de Logística e Transportes do Estado.
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A equipe chegou ao local das obras pouco antes do meio-dia. Por cerca de 45 minutos, observaram a encosta e fizeram fotos. À tarde, o material e a avaliação serão apresentados à direção do Daer para uma decisão. Os técnicos também identificaram a necessidade de se remover mais pedras que correm o risco de cair. A possibilidade é que o trabalho seja realizado pela parte de cima da encosta, para reduzir o risco de acidentes com a equipe.
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Os próximos passos do trabalho, porém, vão depender da decisão da direção do Daer e da Secretaria. Ao longo da tarde, a equipe que atua desde a semana passada na rodovia vai concluir o trabalho de limpeza e espalhar pedras menores junto à encosta para amortecer eventuais deslizamentos que possam ocorrer.
A previsão era liberar a rodovia até o fim da tarde de quarta-feira (13), mas um deslizamento às 15h20min atrasou o trabalho e impediu a abertura da rodovia. Por volta das 9h desta quinta-feira, uma nova pedra de grande porte se desprendeu da encosta, apontando que o terreno seguia instável com a chuva que caiu ao longo da manhã. Durante a avaliação dos técnicos, rolaram mais pedras, dessa vez de pequeno porte.
Dimensões do trabalho
Desde o início da movimentação das máquinas, na quarta-feira (6) da semana passada, foram removidas 4,7 mil toneladas de pedras que caíram sobre a rodovia. Ao todo, foram necessárias 210 viagens de caminhão para depositar o material em um aterro ao lado da estrada, a poucos metros do deslizamento. As equipes também fizeram um total de 500 metros de perfurações para implantar, aproximadamente, 400 kg de explosivos que foram utilizados nas detonações das rochas.