Depois de 69 dias de espera, a família de Anderson Ricardo de Almeida Matos, o Alemão, 38 aos, finalmente obteve autorização para sepultar o corpo dele em Caxias do Sul. Encontrado morto no dia 16 de agosto, Matos permaneceu no Departamento Médico-legal (DML) porque o Instituto-Geral de Perícias (IGP) precisava confirmar a identidade para liberar o enterro. A pendência estava relacionada a um exame de DNA. Na quarta-feira (23), o IGP informou à reportagem que a previsão era concluir o laudo em até 15 dias. Nesta sexta-feira (25), a família de Matos foi informada de que a identificação foi concluída e permitiu o sepultamento.
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Com histórico de alcoolismo, Matos havia pedido ajuda de amigos para ser incluído em algum tratamento. No dia 2 daquele mês, foi levado para a Casa de Apoio Celeiro de Cristo, em Vila Oliva, zona rural de Caxias. Segundo relatos da direção da casa, Matos começou a ficar agitado possivelmente devido a uma crise de abstinência e demonstrava vontade de voltar para o bairro Euzébio Beltrão de Queiróz, onde residia.
Na manhã de 4 agosto, um domingo, os voluntários da casa perceberam que ele havia sumido. O corpo foi localizado no dia 16 de agosto em um matagal nas proximidades da Celeiro de Cristo. A investigação ainda não está concluída, mas principal hipótese é de que ele caiu num barranco e morreu.
Somando o período em que Matos permaneceu desaparecido e o tempo de espera para a identificação, foram 82 dias de incertezas para a família. O velório de Matos ocorre no centro comunitário do bairro Euzébio Beltrão de Queiróz. O enterro está previsto para ocorrer por volta das 17h desta sexta-feira no Cemitério Público Municipal.