Com o objetivo de gerar recursos às escolas públicas do Brasil por meio de resíduos descartados, o projeto Escola Lixo Zero tem início nesta segunda-feira (5) no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. A iniciativa partiu da startup O Sucateiro e a escola de Caxias do Sul será a primeira a recebê-la.
De acordo com Rafael Valentini, proprietário da startup e do aplicativo Pacscrap, que viabilizará o projeto, o principal objetivo é conscientizar os cidadãos:
— Queremos mostrar para a comunidade que ações em conjunto podem ser fáceis de se concretizar.
Para viabilizar o projeto, há uma vaquinha online no site catarse.me, que tem como meta arrecadar cerca de R$ 15 mil. As doações ainda não alcançaram 10% desta projeção, mas a startup já investiu na construção de uma Central de Resíduos e de uma compostagem, além de ter instalado 360 lixeiras de papelão no Cristóvão.
A partir desta segunda, o aplicativo Pacscrap entra em ação. Ele auxiliará alunos e funcionários da escola a descartarem o lixo de forma correta, indicando em que tipo de lixeira deve ser colocado o resíduo produzido.
— A pessoa consulta o aplicativo para descartar os resíduos corretamente. Então, utilizamos a inteligência artificial para indicar a lixeira adequada — explica Valentini.
Em seguida, o lixo chega à Central de Resíduos, é estocado e vendido. Os recursos obtidos voltam para a escola para proporcionar investimentos em melhorias. Em relação à compostagem, todos os resíduos oriundos da alimentação dos alunos serão encaminhados a este espaço. A partir disso, haverá uma horta orgânica, para uso da instituição de ensino.
ATINGIR AS CIDADES BRASILEIRAS
O aplicativo Pacscrap foi criado, inicialmente, com o intuito de mapear as lixeiras dos municípios interessados, com o objetivo de frear o aquecimento global. Entretanto, o projeto chegou às escolas para que isso ocorra rapidamente.
— Queremos que os alunos entendam o valor em cima do lixo e vejam que ele pode voltar para a cadeia produtiva e ser reutilizado — explica o proprietário da startup.
Nos municípios, a ideia é que o cidadão faça o download do aplicativo e o utilize cotidianamente, inclusive na própria residência.
— Dentro da tua casa, por exemplo, tu enches tua lixeira, vais no aplicativo e informas que tem um saco de plástico. Então, indicas em qual lixeira tu realizarás o descarte — descreve Valentini.
De acordo com ele, a startup já está negociando com mais de 100 cidades brasileiras.
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