O número de contêineres queimados de janeiro a julho de 2019 aumentou, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), 53 sofreram esse tipo de dano nos primeiros sete meses de 2018 e, neste ano, foram 56. O prejuízo em decorrência do vandalismo ultrapassa os R$ 60 mil.
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Os contêineres que mais sofreram estragos foram os amarelos, feitos de polipropileno: 49 com perda total e quatro, parcial. De acordo com o gerente operacional da Codeca, Ricardo Becker, isso ocorre porque estes reservatórios não são tão resistentes quanto os de metal:
— Os contêineres de polipropileno são de plástico e comportam resíduos seletivos. Então, pegam fogo com mais facilidade.
Apenas três contêineres de lixo orgânico foram queimados nos primeiros sete meses deste ano. Desses, dois eram feitos de metal e um de polipropileno.
— É mais difícil que eles peguem fogo, porque comportam lixo orgânico, que é úmido. Por isso, o número é menor — explica Becker.
De acordo com o gerente da Codeca, a maior parte dos registros de contêineres queimados é fruto de vandalismo. Entretanto, também há a hipótese de que isso ocorra de forma acidental, quando alguém joga bitucas de cigarro nos recipientes, por exemplo.
Conforme Becker, os contêineres de polipropileno custam cerca de R$ 1 mil, enquanto os de metal ultrapassam os R$ 5 mil. Nestes mais resistentes, o dano é menor já que apenas a tampa precisa ser trocada, pois é sempre de plástico, evitando peso excessivo na hora do usuário depositar os resíduos.
Para conscientização
A Codeca realiza, desde 2017, campanhas de conscientização nas redes sociais. Conforme Becker, os conteúdos são divulgados, em maior quantidade, no inverno e a companhia já está organizando os materiais para este ano. De acordo com ele, serão publicadas fotos e textos informativos, a fim de explicar para a população a gravidade do vandalismo.
Casos recorrentes
Segundo Becker, nas ruas de grande circulação de cidade, como Matteo Gianella, Visconde de Pelotas e Jacob Luchesi, os casos de vandalismo são mais recorrentes. Isso também ocorre com mais frequência durante os finais de semana.
Recentemente, a Codeca registrou quatro contêineres queimados na Visconde de Pelotas, dois na Estação Férrea e quatro na Jacob Luchesi. Além disso, também há registro de 11 contêineres queimados no mesmo dia durante os primeiros sete meses deste ano.
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