Faz tanto tempo que a equipe da EMEF Afonso Secco, no bairro Parada Cristal, nem lembra mais em que ano os primeiros alunos mudaram para a "casa ao lado". O que se sabe é que foi antes de 2011, porque naquele ano o restante das turmas que haviam ficado no prédio antigo também foram transferidas. Passado todos esses anos, ainda não há informação sobre quando a nova escola começará a ser construída.
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Por enquanto, os 15 professores, uma secretária, quatro servidoras e 114 alunos se viram como podem no espaço de uma casa de dois quartos, que viraram sala de aula; uma sala que ganhou divisórias para formar pequenas peças de direção, sala de professores, secretaria e coordenação pedagógica; um corredor que abriga biblioteca, depósito, mesa de apoio pedagógico e até uma geladeira; e uma garagem onde foram instaladas cozinha, refeitório e outras duas salas de aula. A Educação Infantil tem banheiro próprio, assim como os professores. Os demais estudantes, do 1º ao 5º ano, em dias de tempo seco, precisam ir aos banheiros que ficam junto à antiga sede. É a poucos metros, mas para chegar até lá é preciso atravessar o pátio. Quando chove, eles usam o banheiro da Educação Infantil.
A rede elétrica já deu sinais de precariedade: alguns computadores queimaram e teve um pequeno curto-circuito. Com isso, alguns equipamentos são mantidos desligados ou são ligados de forma alternada para não sobrecarregar a rede. A boa notícia é que dona do imóvel deve providenciar a reforma na fiação. Apesar de todo o zelo dos professores, a infraestrutura oferecida torna o local menos atrativo aos pais no momento de escolher a escola para os filhos.
– O número de estudantes poderia ser muito maior, mas não temos estrutura (física). Quando as famílias não conhecem a equipe e veem a estrutura acabam não matriculando os filhos – lamentou a diretora Angela Honorato.
Ainda há outro elemento que, mesmo com todo o cuidado, é de risco às crianças, o imóvel fica na margem da BR-116.
O QUE DIZ A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO:
:: A prefeitura tem projeto pronto para a construção da nova escola, mas diz que só será possível estimar o valor final após aprovação do projeto pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Há uma verba de R$ 250 mil destinada de emenda parlamentar de Pepe Vargas (PT), de quando ele era deputado federal. O terreno é do município. Não há data prevista para início da obra.
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