A casa 264 da Rua Visconde de Pelotas, quase esquina com a Ernesto Alves, no centro de Caxias, que pegou fogo na tarde desta quarta-feira, já tinha ordem para demolição expedida pela prefeitura. A casa foi parcialmente destruída pelas chamas que iniciaram pouco antes da 17h. Os bombeiros controlaram o fogo e, segundo informações preliminares, não havia ninguém no local no momento do incêndio.
Conforme Heloise Salvador, do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc), o dono imóvel havia encaminhado pedido de demolição, que foi aprovado na reunião ocorrida no último dia 20 de março.
Heloise explica que o procedimento é praxe para imóveis com mais de 50 anos: o proprietário faz a solicitação junto à Secretaria Municipal de Urbanismo, que remete o pedido ao Compahc, que indicará se ele pode ou não ser demolido. Um relator e um revisor são nomeados para avaliar o caso. Eles fazem uma pesquisa histórica e arquitetônica da construção, vão ao local e analisam se há ou não condições de recuperação da estrutura. Depois disso, os conselheiros deliberam sobre o caso. A resolução do Compahc precisa ser avalizada pelo prefeito. Após o aval, o documento volta ao Conselho que encaminha ao Setor de Fiscalização da Secretaria de Urbanismo que disponibiliza um alvará para demolição ao proprietário.
No caso desta casa, durante a vistoria ao local, o relator constatou que havia sinais de invasão, algo recorrente em imóveis desocupados na cidade.
O documento foi homologado pelo prefeito, enviado à secretaria e, conforme, Heloise, já seria de conhecimento do proprietário.
– Ele (imóvel) teria valor histórico sim, mas como estava em um estado muito avançado de deterioração, não seria possível o restauro. Então, permitiram demolir – declarou Heloise.