Dos 49 municípios que integram a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), com sede em Caxias do Sul, 19 estão infestados pelo Aedes aegypti. Isso significa que 39% da cidades da região estão incluídas na lista, que voltou a aumentar em relação a janeiro. No final do primeiro mês do ano, 15 eram considerados infestados.
A comparação do último dado divulgado com o registrado em dezembro de 2017 mostra uma diferença ainda mais gritante: na época, eram sete cidades infestadas. Conforme o coordenador da Vigilância Ambiental da 5ª CRS, Patrício Rivero, a classificação é usada quando um larva é encontrada em determinado ponto da cidade, como uma armadilha ou um local chamado de alto risco, e os agentes de combate a endemias localizam mais larvas em um raio de 150 metros.
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Para ele, o trabalho mais intenso das equipes colabora para o aumento da lista. Outro aspecto salientado pelo coordenador da Vigilância Ambiental é que se abriu a possibilidade de agentes comunitários de saúde também atuarem no combate ao mosquito, o que ampliou a quantidade de profissionais buscando pelas larvas e, consequentemente, mais locais passaram a ser vistoriados.
— Pode aumentar ainda mais (o número de municípios infestados), porque o mosquito não tem limite — destaca.
Quando um município é considerado infestado, tem de aumentar o número de agentes na visita aos imóveis. Isso significa um rastreamento acentuado. O objetivo é acompanhar de perto a situação para verificar como está a reprodução do mosquito e prevenir as doenças transmitidas por ele. Para sair da condição de infestado, o município tem que ficar um ano sem que as equipes encontrem larvas. Esse processo é difícil. Por isso, depois de ingressar na lista, as cidades costumam permanecer nela.
Municípios infestados
Antônio Prado, Bento Gonçalves, Bom Princípio, Canela, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Feliz, Garibaldi, Gramado, Guaporé, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Petrópolis, Nova Prata, Paraí, São Marcos, Vacaria e Veranópolis.