CORREÇÃO: O casal morador de Criciúma visitava familiares em Caxias do Sul e não em Bom Jesus. A informação incorreta permaneceu publicada entre 10h07min até as 11h52min do dia 4 de janeiro.
O casal morto em acidente da Rota do Sol na tarde da quinta-feira, na localidade de São Francisco de Paula, estava retornando a Criciúma, cidade catarinense onde moravam, distante cerca de 300 quilômetros de Caxias do Sul. Zenaide Emerencio, 57 anos, e João Domingos de Oliveira, 48 estavam juntos há 17 anos.
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Ela trabalhava como diarista e João era vigia em um posto de gasolina. Na manhã da quinta-feira (3), eles deixaram a casa onde viviam e partiram em direção à Serra para levar uma das irmãs de João, a sobrinha e o namorado dela. Natural de Bom Jesus, parte da família de João ainda reside no município. A ideia era apenas deixar familiares em Caxias do Sul, no bairro Fátima, e voltar a Santa Catarina imediatamente, porque o vigia assumiria expediente à noite, em Criciúma.
— Ele deixou a irmã e saiu da casa dela às 14h. Viajaram cerca de uma hora até acontecer o acidente. Estamos todos muito tristes — conta a sobrinha Débora Fernandes Emerêncio.
Zenaide deixa um filho chamado André Moura, e João deixa o filho Maik Ribeiro. O velório ocorrerá nesta sexta-feira na igreja Assembleia de Deus no bairro Mineira Nova, em Criciúma. O casal era frequentador assíduo dos cultos da igreja. Zenaide era voluntária do setor de recepção de fiéis, e ambos integravam o círculo de orações. Eram descritos como pessoas alegres e de bom convívio na comunidade evangélica, segundo o pastor Clemilson de Souza.
— Eram pessoas simples, mas que deixam como marca um casal amigo de todos e ativo nos trabalhos da comunidade —resume o pastor.
A sobrinha Hellen Carolina Pereira Ferreira, 16 anos, era uma das familiares que o casal deixou em Caxias. Segundo a jovem, a família deixou Criciúma na quinta-feira, às 8h45min em direção a Caxias, com chegada na Serra às 13h. Houve uma breve parada para o almoço, e o casal voltou a Santa Catarina, às 14h20min. João fez questão de entregar a família em Caxias, mesmo tendo que voltar rápido para trabalhar.
— A gente tentou ir de ônibus, mas ele não deixou. Ele nos buscou no sábado em Caxias e disse que iria nos devolver aqui, sempre fez questão. O carro dele quebrou ele pagou R$ 1.150 para o conserto ficar pronto a tempo de nos levar. A semana que passamos juntos foi ótima, parece que Deus preparou esta despedida— lamenta.