A prefeitura de Caxias do Sul publicou no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (14) regulamento que estabelece os critérios para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de funcionários da Farmácia do Ipam. Atualmente, cerca de 65 trabalhadores compõem o quadro de funcionários na unidade. É um número considerado alto pela prefeitura, que alega inchaço na folha de pagamento e excesso de funcionários.
Segundo o presidente do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (Ipam), André Francisco Wiethaus, a farmácia conta com uma estrutura maior do que a demanda existente, porque as equipes foram direcionadas para a unidade localizada na Rua Pinheiro Machado, nas proximidades da esquina com a Marechal Floriano, após o fechamento da unidade que funcionava na esquina da Rua Alfredo Chaves com Os 18 do Forte, em janeiro deste ano.
— Atualmente a farmácia tem oito farmacêuticos e cerca de 40 atendentes. Essa quantidade excessiva de funcionários tem um impacto muito grande na despesa de pessoal e isso impacta no valor dos produtos vendidos na farmácia. Na hora em que colocamos o preço da mercadoria, aumenta o valor – destaca Wiethaus.
As inscrições para aderir ao programa se iniciam na próxima segunda-feira. O desligamento começa no dia 11 de março. Atualmente, essa é a única farmácia do Ipam existente em Caxias do Sul.
“Temo que seja mais um passo para inviabilizar a farmácia”
O anúncio do programa de demissões foi recebido com estranheza pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv). O fato de ser uma decisão que não foi discutida com o Conselho Gestor do Ipam – no qual o Sindiserv possui uma cadeira – foi alvo de críticas.
— Isso se tornou uma rotina nesse governo, anunciam as medidas sem ouvir as entidades. Temo que seja mais uma ação da prefeitura para inviabilizar a existência da farmácia – lamenta a diretora de Saúde do Sindiserv, Fernanda Borkhardt.
Fernanda afirma que o sindicato vai encaminhar um pedido de informações sobre a relação entre receita e despesa para avaliar as contas da farmácia.
— Vamos providenciar isso. Na última farmácia que fechou, as contas estavam superavitárias. O público do Ipam é fixo. Cerca de 80% são servidores – ressalta.