CORREÇÃO: a explosão aconteceu na quarta-feira, e não na segunda-feira. A informação incorreta permaneceu publicada entre 13h06min e 18h36min desta quinta-feira, dia 27 de dezembro de 2018.
Peritos devem trabalhar toda esta quinta-feira para identificar a fonte de vazamento de gás que causou a explosão e o incêndio no edifício Vêneto, em Farroupilha, na manhã de quarta-feira. Conforme o diretor do Instituto Geral de Perícias em Caxias do Sul, Airton Kraemer, o trabalho será executado em parceira com técnicos de uma empresa de gás. Somente após essa análise é que será considerada a liberação do prédio para moradores. A torre onde ocorreu a explosão seguirá interditada até o final da perícia — no total, o prédio tem 16 apartamentos e 11 salas comerciais que seguem fechados. Os moradores estão abrigados na casa de familiares.
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A princípio, está descartado o vazamento de gás de dois botijões que estavam no apartamento de Maria Ana Zanetti Mützenberg, 68 anos, que teve mais de 80% do corpo queimado pelo fogo. A mulher deve ser submetida uma cirurgia nesta quinta-feira no Hospital da Unimed, onde está internada, segundo a família.
— Essa torre inteira não tem como ser liberada hoje. Vamos fazer teste de pressão nas linhas de gás para identificar a fonte de vazamento. Conseguindo isso hoje, é possível que ocorra a liberação — projeta Kraemer.
Conforme Everaldo de Oliveira, sargento dos bombeiros de Farroupilha, o fato de o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) ainda estar em tramitação não impedirá a reocupação dos apartamentos pelas famílias.
— Vendo a situação do apartamento fico feliz que a senhora tenha saído com vida. O estrago foi muito grande, rompeu paredes, queimou móveis — relata o sargento dos bombeiros.
Na parte da manhã, uma empresa contratada pelo condomínio instalou escoras de metal entre o piso do terceiro andar, onde reside Maria e o marido, e o piso da sacada do andar superior. Conforme o construtor Itamar de Faveri, a ideia é instalar 50 escoras para evitar um desabamento e recolher todo o concreto e vidro que possa cair na rua. Parte das escoras foi colocada no meio da manhã e a atividade será retomada até a conclusão da perícia. Posteriormente, haverá uma avaliação de como será realizada a recuperação das paredes e dos pisos destruídos pela explosão. O bloqueio em parte da Avenida Independência e parte da Rua Rui Barbosa, na frente do edifício, será mantido até remoção de entulhos e instalação de escoras.