A sensação de medo ainda rondava moradores do prédio Vêneto, na área central de Farroupilha, no final da manhã desta quarta-feira. Após assistirem a queda de parte do edifício, que sofreu explosão e incêndio por volta das 7h40min, residentes subiam aos poucos para retirar objetos pessoais. Eles entraram nos apartamentos na companhia dos bombeiros. Muitos não disfarçavam a tristeza ao saber que não há data prevista para que possam retornar ao apartamento - ao todo, 16 famílias foram impactadas pela ocorrência. O engenheiro calculista estrutural Júlio César Buzetti, que atuou na obra entregue em 1991, garante que não há risco de desabamento do prédio.
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— Isso não irá acontecer jamais. O prédio não vai desabar. O que pode acontecer é que a laje que está em cima venha ceder e, como está sem apoio, pode vir a ruir o pavimento que agora está praticamente intacto, que é o segundo andar. Por isso está parcialmente interditado — afirma o engenheiro.
O profissional acompanhou a perícia e afirma que, além da rede de gás central instalada no prédio, foram encontrados dois botijões dentro do apartamento que sofreu o sinistro.
— Iremos contratar uma empresa que faça o escoramento dessa laje lá em cima para que comece a reforma. O prédio, na realidade, tem rede de gás central, então não se pode utilizar botijão de gás dentro do apartamento — observa.
O prédio não tem alvará de prevenção contra incêndio emitido pelos bombeiros. O Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI) estava tramitando na corporação de acordo com o tenente-coronel dos Bombeiros, Julimar Fortes Pinheiros.