As 1.088 urnas eletrônicas de Caxias do Sul serão distribuídas nos 163 locais de votação da cidade na manhã deste sábado (27), véspera do dia de votação, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno. Para viabilizar a operação, o trânsito será bloqueado em frente à Central de Atendimento ao Eleitor, na rua Garibaldi, entre as ruas Bento Gonçalves e Pinheiro Machado, a partir das 6h O bloqueio vai até a saída do último veículo que, no primeiro turno, foi às 9h20min.
A expectativa é que o processo seja concluído até o meio-dia do sábado. Os presidentes das seções eleitorais irão conferir se as urnas estão funcionando normalmente. Em caso de necessidade de substituição, o cartório dispõe de cerca de 150 urnas reservas. No primeiro turno, no sábado, dia da instalação, foram trocadas duas urnas.
No domingo (28), o mesmo trecho da rua Garibaldi voltará a ficar bloqueado desde as 6h e a interrupção se estende até o retorno da última urna à central, o que no primeiro turno ocorreu por volta das 20h30min. O sistema da urna não permite a inserção de votos antes das 8h do domingo, dia da votação. A partir das 7h, será possível imprimir o relatório zerésima, que mostra que nenhum voto foi registrado na urna antes do início da votação.
Orientações para o segundo turno
Cartazes serão colocados em cada seção eleitoral alertando os eleitores para aguardarem a foto do candidato aparecer antes de confirmar o voto. No primeiro turno, 115 mil votos para governador no Rio Grande do Sul foram anulados por eleitores que digitaram um número de candidato a presidente e confirmaram na hora do voto para governador, um indício de que digitaram o número de presidente antes do momento correto.
— Também instruímos os mesários para que peçam ao leitor calma na hora de votar, pra aguardar a foto do candidato antes de confirmar — explica o chefe da Zona Eleitoral 169, Edson Borowski.
Depois do primeiro turno, todas as atas de mesários foram revisadas, e algumas delas continham registros de eleitores que afirmaram não ter visto a foto do candidato. Segundo Borowski, chamaram atenção casos em que o eleitor votou normalmente e retornou mais tarde para registrar que não viu a foto e, inclusive, de uma eleitora que retornou depois para registrar que não ouviu o som do registro dos votos.
— Estas situações são claramente resultado das fake news que se espalharam pelas redes sociais, mas especialmente pelos grupos de whatsapp — observa.
Diante disso, foi feita uma auditoria no dia 18 de outubro em uma seção de cada uma das três zonas eleitorais de Caxias do Sul. Foram revisados os lacres das urnas, se os sistemas eram originais, os registros digitais dos votos e de todos os procedimentos executados em cada urna, além da conferência das assinaturas dos arquivos digitais. A auditoria mostrou que as urnas funcionaram normalmente e todos os eleitores que votaram tiveram o seu voto computado.
Demora na biometria
No primeiro turno, filas se formaram em seções de Caxias e, em diversos casos, as digitais de eleitores não foram reconhecidas em nenhuma das quatro tentativas. Conforme a Justiça Eleitoral, 12% dos eleitores não tiveram as digitais identificadas, índice semelhante ao do segundo turno de 2016 - sendo que, neste ano, Caxias tem cerca de 30 mil eleitores a mais.
Borowski explica também que as seções onde houve maior índice de eleitores com digitais não reconhecidas foram as com maior quantidade de idosos. O maior índice de não-reconhecimento em seções de Caxias foi de um terço dos eleitores, caso de uma seção no Bloco H da UCS e outra na 2ª Légua.
Quem não teve a digital identificada em nenhuma das tentativas no primeiro turno pode votar normalmente no segundo turno. Quem tem o título de eleitor em situação regularizada mas não votou no primeiro turno também pode votar normalmente agora. A justificativa para quem não votou pode ser feita em até 60 dias a partir da data de cada turno de votação.
Com relação à demora na hora de votar, inclusive por esquecimento e falta de cola com os números dos candidatos, Borowski acredita que isso não ocorrerá de mesma forma neste segundo turno, já que agora são dois votos, e não seis. De qualquer forma, levar a cola segue sendo indicado.
Outra orientação da Justiça Eleitoral é baixar com antecedência o aplicativo e-título no celular, que serve como documento de identificação do eleitor. No primeiro turno, houve congestionamento no servidor devido a muitas pessoas tentarem baixar o app ao mesmo tempo.
Segurança
O esquema de segurança no dia da eleição será o mesmo do primeiro turno. Todo o efetivo da Brigada Militar em Caxias do Sul estará mobilizado. Também participam do esquema as Polícias Civil e Federal, as polícias rodoviárias e a Guarda Municipal, que presta apoio em locais de votação municipais, como as escolas.
Auditorias no dia
No primeiro turno, duas urnas de Caxias do Sul foram sorteadas para auditoria no dia da votação, antes das 8h - uma delas na Escola Dona Hercilia Petry, em Ana Rech, e outra na Escola Ester Benvenuti, no bairro Fátima. No segundo turno, pode haver ou não novas auditorias na cidade, o que dependerá de novo sorteio que será realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral às 9h deste sábado. Serão sorteadas 12 urnas para auditoria no domingo, sendo que quatro serão transportadas para votação paralela em Porto Alegre e oito serão auditadas nas seções.