Cerca de 30 índios Kaingangues ocupam uma área na Floresta Nacional de Canela, na Serra. Eles chegaram na manhã desta segunda-feira (16) e reivindicam uma área de terras pacificamente.
Em 2015, os índios já tinham ocupado a floresta e saíram após acordo em que o Instituto Chico Mendes, que administra a área, se comprometeu em avaliar o uso de recursos disponíveis no local para produção de artesanato pelos índios.
Conforme Daniel Ribeiro, um dos líderes da ocupação, também ficou definido que seria realizado estudo antropológico para avaliar a presença de vestígios indígenas na área, o que ainda não ocorreu. Os indígenas argumentam que antepassados já moraram na região.
Com 557 hectares, a Floresta Nacional de Canela é uma Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável, que serve para pesquisa científica, educação ambiental e o uso público.
Casas foram construídas no local para abrigar pesquisadores, mas hoje estão desocupadas. Os indígenas estão utilizando um desses imóveis temporariamente. De acordo com Ribeiro, eles querem ficar em uma área de 100 hectares de mata nativa.
O analista ambiental Antonio Cesar Caetano, que atua no Instituto Chico Mendes, afirma que o setor jurídico já foi avisado da ocupação e tomará as providências necessárias.
A Procuradoria da República em Caxias, que é responsável também por Canela, diz que já foi informada sobre a nova ocupação, mas não repassou informações sobre quais medidas serão tomadas.