Alexandra Cemin veio de uma comunidade rural onde não havia energia elétrica e o acesso à escola era difícil. A educação mudou sua vida. Apaixonada por tecnologia, atua nas áreas de robótica e inteligência artificial e virou tutora de 180 estudantes matriculados no Centro Universitário Uniftec, alguns de Caxias do Sul, outros de fora do Estado. Por isso, a professora acredita que a Educação a Distância (EAD) vai abrir as portas para muitas pessoas no Brasil. Como tutora, é ela quem interage com os alunos, grava vídeos aulas e faz as avaliações.
— A modalidade EAD permite que eu possa atingir o maior número de pessoas. É muito gratificante ver o aluno chegando se formando e percebendo o quanto ele evoluiu. Isso não tem preço — anima-se a docente da área da Matemática, que tem uma irmã graduada a distância.
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Alexandra diz que o empenho no planejamento de aulas virtuais é muito maior, já que são necessários muitos recursos.
— Tive que programar seis meses antes. Quando entrei para a EAD, tiver que fazer curso, muda a linguagem, embora eu continue sendo presencial também.
Alexandra sustenta a tese de que a interação é maior nos meios virtuais do que no presencial.
— Imaginava que os alunos não iam interagir, mas ele ficam mais à vontade para conversar nos fóruns do que na sala de aula, rende muito, é riquíssimo. Imaginava que o cálculo só era possível passo a passo no quadro, mas vejo que há mais potencial de explorar isso virtualmente.
A professora tem uma intuição sobre o futuro do país. Com as leituras que fez sobre o tema, acredita que através da educação em massa, mas com qualidade, virão resultados duradouros
— A educação a distância permite que muitos, em qualquer lugar e tempo, tenham as mesmas condições e desenvolvam as competências necessárias para esse século — pontua.
