Fiéis de Caxias do Sul celebram, hoje, o Dia de Santa Rita de Cássia. Para homenagear a Santa, conhecida como a padroeira das causas impossíveis — ao lado de São Judas Tadeu — , a paróquia do Pio X celebra missa, seguida de procissão, hoje, a partir das 18h. Durante a celebração, os devotos irão depositar pedidos, orações e agradecimentos em uma urna colocada em frente ao altar, próximo a imagem da Santa.
Tradicionalmente, os devotos levam rosas e tocam a imagem da Santa com as flores e as levam de volta para casa. Outros depositam as rosas junto à padroeira. Antes da procissão, cada pessoa recebe uma vela para iluminar o pequeno trajeto dos devotos seguindo a imagem de Santa Rita, no entorno da igreja. São poucos metros, mas marcados por emoção e fé. Os fiéis que acompanham o cortejo cantam músicas e rezam em homenagem à ela. Ao final da missa, é realizado outro momento bastante tradicional: cada fiel leva um botão de rosa para casa e um pão de mel, entregue pela organização do encontro.
O pároco da igreja do Pio X, padre Izidoro Bigolin, lembra que as homenagens na paróquia sempre são realizadas exatamente na data dedicada à Santa das causas impossíveis.
— A devoção à segunda padroeira do Pio X mantém tradições próprias como as velas, as pétalas de rosa e o mel, com os pãezinhos, que são entregues aos fiéis. Os devotos se juntam a procissão sempre luminosa no entorno da Santa. É um momento de muita fé, devoção e carinho a Santa.
Até domingo, a comunidade realizou novenas para celebrar Santa Rita. Desta vez, os devotos foram presenteados com um vidro de mel, que é um dos significados marcantes da história de vida dela. Outras comunidades de Caxias do Sul a homenagearam. Na capela do bairro Floresta, por exemplo, centenas de fiéis celebraram a padroeira das causas impossíveis durante a missa e após almoçaram no salão da comunidade.
SAIBA MAIS:
No centenário da canonização de Santa Rita, o Papa João Paulo II lembrou que "Rita foi reconhecida 'santa' não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa 'normalidade' da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana".
Rita era a abreviação carinhosa de seu verdadeiro nome - Margherita. Ela nasceu em Roccaporena, uma pequena aldeia na prefeitura de Cássia, na Itália no ano de 1381.
Segundo biógrafos, Santa Rita foi batizada na Igreja Santa Maria dos Pobres. Poucos dias após o batismo, um enxame de abelhas brancas a envolveu, muitas delas estavam depositando mel em sua boca, sem a machucar com os ferrões. Na literatura espiritual, abelhas e mel significam "doce conversação", um diálogo com Deus.
O mesmo ocorreu com as rosas. Em pleno inverno com neve, uma amiga de Rita esteve no convento onde ela vivia para visitá-la, e ao despedir-se perguntou se ela desejava alguma coisa, e ela respondeu que gostaria de receber uma rosa e dois figos. Ao chegar no antigo jardim de Rita, teve uma grande surpresa, viu uma linda rosa num arbusto contraído pela geada, e o mesmo ocorreu com os figos, que eram belos e maduros.