Uma força-tarefa entre a prefeitura de Garibaldi, a Brigada Militar (BM) e a Polícia Civil terá como meta amenizar um dos problemas que está tirando o sono de moradores do bairro Alfândega: o som alto emitido por carros durante a noite e a madrugada, especialmente aos fins de semana. Uma reunião na manhã de quarta, encabeçada pela Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, deverá alinhar as ações executadas pela equipe. A iniciativa surge após o incidente do fim de semana, em que indivíduos atiraram contra três carros na Rua João Romil. Ainda não estão identificados os autores dos tiros, mas suspeita-se que moradores cansados de conviver com o barulho possam ter ido até o local e disparado.
— Vamos traçar uma estratégia para tentar, ao menos, diminuir a situação. Nós já fizemos um trabalho parecido e tivemos bons resultados, e agora recomeçou o problema. A ideia é fiscalizar pontos onde há essa aglomeração e som alto — afirma o titular da secretaria, Carlo Mosna.
Apesar do loteamento ainda não ter moradias, há diversas propriedades rurais no entorno. Para se ter uma ideia do transtorno, a Brigada chega a registrar 50 denúncias de som alto a cada noite. A BM, no entanto, não informou se recebeu ligações na noite dos disparos. Na semana do Carnaval, os episódios de som alto e baderna teriam se repetido diariamente, segundo uma vizinha. A situação se tornou insustentável há cerca de seis meses, de acordo com a moradora.
— Eles ficam ouvindo música e bebendo até 7h do domingo. E quem tenta passar por ali tem até o carro danificado. Tem gente que tem sítio aqui para descansar no fim de semana e o que acontece é justamente o contrário — relata.
Os três carros, com placas de Farroupilha, foram encaminhados para a perícia, de acordo com o delegado Leônidas Costa Reis. Os proprietários serão ouvidos nesta semana pela Polícia Civil.
— Vamos verificar se ficou algum projétil dentro, algo que possa identificar de que arma partiram os disparos. O que sabemos é que ali se tornou um ponto de baderna. São visíveis ali marcas de frenagem e restos de bebida — avalia o delegado.