Para desfazer a imagem negativa que se criou em torno de quem pratica o som automotivo em Caxias do Sul, adeptos da modalidade arrecadaram 1,8 mil quilos de alimento durante um evento realizado neste final de semana no interior da cidade. A entrega ocorreu na tarde desta terça-feira no Lar da Velhice São Francisco de Assis e para voluntários da ONG Sonhar Acordado.
Para o presidente da Associação do Som Automotivo Caxiense, o empresário Leonardo Nascimento dos Reis, 41 anos, a ideia é mostrar que os eventos de som alto, que costumam reunir milhares de pessoas, também servem para fazer campanhas solidárias.
– Nós fomos marginalizados por conta de uma minoria que se diz adepta ao som automotivo, mas que, na verdade, só querem fazer baderna. Hoje, quem trabalha e depende desta modalidade sabe onde e como fazer o uso do som alto com respeito. Ajudar pessoas carentes foi a forma que encontramos de fazer a diferença, além de reforçar que somos gente do bem – diz ele.
Os amigos Jonatan da Rocha, 31, Wagner Petrini, 30, Pedro Antônio da Silva, 52, e João Pedro Vasti, 20, também foram responsáveis por arrecadar e distribuir os alimentos. A ação deles deve beneficiar cerca de 70 idosos, além de 100 famílias carentes de Caxias.
– Fizemos um projeto paralelo e recebemos a contribuição deles (do pessoal que participou da festa do som automotivo). Somente com o que recebemos hoje, vamos conseguir entregar mais alimentos para a Casa Anjos Voluntários e a ONG Voluntários Sem Fronteiras. Por isso, a atitude deles também fortalece o nosso trabalho – conta Cristiele Piza, 26, voluntária da ONG Sonhar Acordado.