Na quarta semana de ocupação nas escolas estaduais, pais de alunos entraram no Instituto Cristóvão de Mendoza, de Caxias do Sul, para pedir o fim do ato e o retorno imediato das aulas.
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Na manhã desta segunda-feira, o maior colégio em área construída do Estado foi palco de uma divisão de alunos contrários e favoráveis às ocupações, pais que exigem o fim da paralisação e professores querendo valer o piso salarial, entre outras reivindicações. Por volta das 7h, os pais teriam tentado entrar no colégio e os alunos, afirmando questões de segurança, não teriam permitido. Os pais acessaram o prédio por outro portão e, desde então, estão no interior da instituição discutindo com os ocupantes. A entrada da imprensa não foi autorizada.
–Nossos alunos estão se mantendo firme na posição deles. Estão tendo alguns problemas de stress, mas convidamos toda a comunidade para debater a greve do magistério na Câmara, na terça-feira, às 9h – convida o diretor do Cpers, Antônio José Staudt.
Os pais alegam não ter onde deixar os filhos durante o dia e questionam a legitimidade do ato.
_ Eu tenho três filhos pequenos e preciso trabalhar. Isso aqui já virou bagunça_ afirma Daniel Moreira de Castro, um dos pais que estava no Cristóvão na manhã desta segunda.
Os alunos se mantêm firmes na ocupação e seguem sem previsão para o término da manifestação. Professores não dão aula desde o dia 20 de maio.
_ Os portões ficam abertos o dia inteiro para eles entrarem. Estamos dispostos para o diálogo, mas sem agressões e xingamento, como fizeram de manhã. Os pais não entendem que queremos melhorias para a escola_ explicou Leonardo Cechin, 17 anos, que lidera a ocupação no colégio.