Graças à ajuda da comunidade, pacientes do Instituto do Câncer do Hospital Pompéia (Incan), em Caxias do Sul, agora contam com um novo aliado para amenizar os efeitos colaterais que surgem no tratamento contra a doença. Dois meses após iniciar uma campanha para a compra de um equipamento terapêutico que usa laser de baixa potência para aliviar a dor e acelerar a cicatrização de feridas decorrentes da quimioterapia, o instituto adquiriu o equipamento.
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O laser custou R$ 3.339 e foi comprado com recursos doados por meio do projeto Amigos do Pompéia.
- Como não é considerado essencial para o tratamento, ele não entra no orçamento do hospital. Por isso, entrou como uma das demandas do projeto. Achei que demoraríamos mais para conseguir comprar, mas a comunidade se sensibilizou. Agora, temos mais uma arma contra o câncer e mais um alívio para os pacientes - comemora a dentista do Incan, Luciana Granzotto Dias, que liderou a campanha.
Adelina Dias da Silva, 65 anos, foi a primeira paciente a receber o tratamento com o laser no Incan, ontem pela manhã. Lutando contra um tumor na boca desde setembro do ano passado, ela se alimenta por sonda e tem muita dor, principalmente na língua. As sessões com o equipamento, explica Luciana, ajudarão a moradora de Farroupilha a enfrentar as sessões de radioterapia:
- Para iniciar a radio, essencial para o caso da Adelina, ela não pode ter nenhum foco de infecção na boca. Extraímos os dentes que estavam com problemas e agora estamos usando o laser para cicatrizar melhor, deixando a boca e a garganta condicionadas para receber o tratamento. Isso fará com que ela fique boa antes.
A primeira aplicação do laser em Adelina durou cerca de cinco minutos e foi indolor, segundo a paciente:
- Não senti nada. Queria ter menos dor na boca e estou esperando que esse aparelho me ajude.
O equipamento adquirido com o dinheiro doado pela comunidade também é uma alternativa contra a mucosite, uma resposta inflamatória à ação de medicamentos quimioterápicos. Ela pode criar feridas e, além do desconforto, pode desencadear problemas como a dificuldade de alimentação do paciente. Atualmente, o Incan acompanha cerca de 850 pacientes, a maioria dependente da quimioterapia.
- A terapia com laser se soma à estrutura que já temos, com equipe multidisciplinar. É bom pensar que com esse projeto institucional, e com a ajuda da comunidade, poderemos atender as pessoas de uma melhor forma - afirma o médico Tiago Daltoé, que divide a coordenação do Incan com Mariângela Moschen.
Projeto Amigos do Pompéia
* É possível participar do programa por meio de cotas, doações financeiras e de materiais de construção.
* Quem contribui recebe um certificado de participação e um recibo de entidade filantrópica no valor da doação.
* Informações pelos telefones (54) 3220.8012 e 3220.8098 ou pelo e-mail operacional@pompeia.org.br
Saúde
Com ajuda da comunidade, Incan, em Caxias, compra aparelho para minimizar efeitos da quimioterapia
Equipamento terapêutico que usa laser de baixa potência, adquirido com recursos do Amigos do Pompéia, começou a ser usado na segunda-feira
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