A Frente Gaúcha de Solidariedade à Palestina encaminhou uma carta à Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) solicitando que a entidade cancele a missão técnica a Israel, marcada para novembro.
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Conforme Maren Mantovani, uma das integrantes da Frente, a viagem inclui visitas a pelo menos quatro empresas que têm envolvimento com assentamentos israelenses ilegais. Para ela, uma missão como essa tem um grave significado político.
- Tem de se dar conta da responsabilidade política de visitar um país que está ocupando, há décadas, a terra palestina, e praticando políticas de aparte e limpeza étnica com um povo inteiro. Somente nos últimos 30 dias, Israel assassinou 73 palestinos e são 2,5 mil presos palestinos. Entre os palestinos mortos, 25% são crianças e jovens - destaca Maren.
Representes da Frente estiveram reunidos com o presidente da Amesne, o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, na última sexta-feira. Mas não há ainda uma resposta da entidade quanto ao pedido do grupo.
A missão técnica para Israel ocorre entre 6 e 14 de novembro. Parte das despesas será paga pela Amesne. Outra parte, pelos prefeitos. A associação estimar gastar cerca de R$ 150 mil com a missão. A viagem é organizada pelo Instituto de Administração Municipal (IAM) da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A Amesne realiza missões técnicas há 10 anos. A última foi em novembro de 2013, no Chile.
Viagem
Frente Gaúcha de Solidariedade à Palestina quer que Amesne cancele viagem a Israel
Missão técnica de prefeitos da Serra ocorre em novembro
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