Vice-prefeito de Nova Prata diz que concessão da ERS-324 será vantajosa desde que haja duplicação

O governo do estado deve anunciar nos próximos dias detalhes do plano de concessão da ERS-324, entre Nova Prata e Passo Fundo. Os 104 quilômetros que separam as duas cidades serão os primeiros incluídos no novo planos de concessões rodoviárias do Estado.

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Conhecida como Rodovia da Morte, atualmente a rodovia passa por recuperação pelo Crema/Serra entre Nova Prata e Casca. O plano em vigor, porém, contempla apenas a recuperação do pavimento, sem investimentos mais pesados. A proposta inicial a ser apresentada nos próximos dias prevê restauração, duplicação de 25% do trecho, além da construção de viadutos e terceiras faixas.

A contrapartida para a concessionária seria a instalação de duas praças de pedágio com tarifas de, no máximo, R$ 6,60, com cobrança nos dois sentidos. A expectativa, no entanto, é de que a tarifa seja 20% menor, dependendo das propostas das empresas que participarem da concorrência. O contrato deve ter duração de 30 anos.

Conforme o vice-prefeito de Nova Prata, Sérgio Sotilli, como o Estado não tem recursos para investir em estradas, o pedágio seria a solução mais adequada. Ele entende, porém, que a duplicação deveria contemplar todo o trecho concedido.

- O serviço médico de Passo Fundo é muito procurado por Nova Prata. A estrada é de má qualidade e o leito foi mal feito. Realmente, tem que fazer uma rodovia praticamente nova e de preferência com duplicação. Dois pedágios para 25% da estrada, que são 28 quilômetros de Marau a Passo Fundo, para mim é um exagero - explica.

Segundo o vice-prefeito, moradores do município também dependem muito da BR-470 para acessar Caxias do Sul ou Porto Alegre. Mas a melhoria na ERS-324 poderia facilitar o acesso a serviços optando mais por Passo Fundo e evitando a BR-470.

O plano de concessões começará com a ERS-324 porque o trecho já tem bom tráfego, praticamente não há rotas de desvio e existem projetos de duplicação. O governo do Estado também já confirmou a concessão da ERS-122, mas aguarda definição se o contrato será realizado pelo Estado ou pelo governo federal.