Som alto, concentração de jovens em saídas de festas, obras que invadem a madrugada sem respeitar o descanso alheio. A força-tarefa contra a poluição sonora lançada no dia 24 de agosto promete continuar atenta à fiscalização aos baderneiros. No único fim de semana de blitz realizado até agora, três pessoas foram autuadas durante a Campanha Municipal de Combate à Poluição Sonora, mas o secretário do Meio Ambiente, Adivandro Rech, promete que as blitze vão permanecer. No final de semana passado, não houve ação em função do feriado de Sete de Setembro, que levou grande parte dos caxienses para fora da cidade.
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Os trabalhos são inicialmente concentrados nos bairros São Leopoldo, Exposição, Panazzolo, Santa Lúcia Cohab, Desvio Rizzo, Lourdes, Kayser, Salgado Filho e São José, onde são registradas grande parte das reclamações. No entanto, novos pontos críticos devem ser incluídos.
Como a campanha está no início, ainda há dúvidas. Na semana passada, uma moradora do Sanvitto acionou a Brigada Militar por causa de barulho causado por uma celebração religiosa em uma casa vizinha. A mulher de 40 anos telefonou ao 190 por volta de 23h30min de quinta-feira, mas foi informada que só poderia registrar a reclamação caso se identificasse. Ela não quis fornecer o nome por receio de represálias, mesmo motivo que pediu para não ser identificada na reportagem.
- Era tanto barulho que não dava para dormir, ler, fazer nada - desabafa a moradora.
Segundo o chefe da seção de Operações da Brigada Militar, capitão Wagner Carvalho dos Santos, o ideal é que o reclamante se identifique mas, se a pessoa realmente não quiser, pode não fornecer o nome. O policial pondera que a BM nem sempre consegue fiscalizar todos os casos denunciados, por causa de outras ocorrências.
Por outro lado, um morador da Avenida Júlio de Castilhos que também pede para não ter o nome divulgado conseguiu que uma viatura da BM chegasse em 15 minutos após reclamar de barulho em uma obra na Júlio com a Visconde de Pelotas. O morador, de 50 anos, aceitou se identificar à polícia.
Segundo o secretário Adivandro, o número de denúncias já aumentou, embora o crescimento ainda seja tímido. Ele lembra que em casos de abuso de som alto em veículos, um dos que mais incomodam, não é apenas o equipamento que é recolhido, mas o carro, até a realização de audiência.
- As pessoas estão ficando com receio de ter o veículo apreendido - acredita.
A força-tarefa é formada por Ministério Público, Brigada Militar, Patrulha Ambiental, secretarias de Urbanismo, do Meio Ambiente (Semma) e de Transportes e Mobilidade Urbana, Câmara de Vereadores e Guarda Municipal.