O historiador com especialização em Sociologia na área da Segurança Pública e professor da Universidade Feevale, Charles Kieling, estuda o tema há alguns anos e em suas pesquisas recentes constatou que Caxias do Sul tem de 25 a 28 quadrilhas. Esses grupos formam peças de coalização e praticam crimes como assaltos e aluguel de armas.
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Charles concedeu entrevista ao Gaúcha Repórter, na Gaúcha Serra, nesta segunda-feira, para comentar a escalada da violência em Caxias. Entre a noite de sexta-feira e a tarde de sábado, cinco pessoas foram assassinadas na cidade. Já são 73 mortos Caxias em 2015. No mesmo período do ano passado, eram 63 homicídios.
Segundo ele, há uma cultura da criminalidade institucionalizada no país. A impunidade não é, para o especialista, fator determinante para o aumento da violência. Independente da pena, os criminosos seguem atuando, porque existe um mercado negro que facilita o acesso a armas. Por isso, ele defende policiamento de fronteira.
Ainda conforme Charles, falta tecnologia para coibir a criminalidade. Os órgãos de segurança atuam apenas após os fatos e não realizam pesquisa e levantamento. A falta de efetivo também é um problema. Segundo o professor, seria necessário o aumento em 100% no número de policiais militares e civis.