Um novo depoimento da amiga que presenciou o assassinato de Ana Clara Benin Adami, 11 anos, em Caxias do Sul, levantou a hipótese de uma tentativa de assalto frustrado como explicação para a morte da menina.
Inicialmente, a garota que acompanhava Ana Clara declarou à polícia ter visto o momento do tiro e que ele havia sido desferido contra a amiga por um homem que se aproximou.
"É um caso totalmente fora dos padrões", diz delegado sobre menina baleada em Caxias
"Ele deu o tiro e saiu correndo", conta menina que estava junto da garota baleada em Caxias
"Ela dizia que não queria morrer", conta mulher que ajudou a socorrer menina baleada em Caxias
Morte de menina baleada em Caxias do Sul gera comoção
Porém, em novo depoimento semana passada, acompanhada pelos pais, ela relatou que não viu o disparo: ela escutou o tiro e viu o assassino saiu correndo. Acompanhada do delegado Rodrigo Duarte, que responde interinamente pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, a garota voltou à cena do crime para reconstituir a cena.
- A tentativa de assalto pode explicar essa falta de motivação, de explicação para o crime, que até agora não conseguimos vislumbrar. O homicídio sempre tem uma motivação - explica o delegado.
Na sexta-feira, a polícia ouviu também uma garota indicada pelos amigos de Ana Clara como autora de ameaças e desentendimentos contra a vítima pelas redes sociais. A menina, também de 11 anos, negou qualquer desavença.
- Ela negou e ainda disse que ela e Ana Clara eram amigas. Mostrou uma conversa entre as duas pelas redes sociais que não aparentava nenhuma inimizade - contou o delegado.
Agentes também averiguaram o Facebook e o celular da garota, com autorização dos pais, mas não encontraram as supostas ameaças que Ana Clara teria sofrido.
Ana Clara foi morta na tarde de quinta-feira, dia 16 de julho. Por volta de 13h30min, ela caminhava pela Rua Marcos Moreschi, no bairro Pio X, quando foi alvejada por um disparo no abdômen. A menina ia para a catequese, acompanhada por uma amiga, quando um homem se aproximou e atirou. A garota chegou a ser operada, mas morreu no mesmo dia.
Os pais de Ana Clara, a amiga que caminhava ao lado dela e outros amigos foramouvidos pela Polícia Civil, mas não forneceram informações capazes de levar à identificação do assassino. Agentes também averiguaram o Facebook e o celular da garota, com autorização dos pais, mas não encontraram as supostas ameaças que Ana Clara teria sofrido.