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Opinião

Gilberto Blume: as crateras nas estradas começam a rivalizar com o Itaimbezinho no quesito emoções

Irma será recordada com um chá da tarde nas bordas de uma cratera na estrada



Irma Overlock está desaparecida, sumiu, escafedeu-se. A costureira foi vista pela última vez entre Antônio Prado e Vacaria. Há divergências: tem quem assegure tê-la visto cruzando as vizinhanças do viaduto torto.

- É buraco. Está claro que Irma foi tragada por um buraco - apostam as amigas.

Algumas amigas também sugerem abdução, mas a hipótese enfraqueceu porque não haveria ET algum em todo o universo que pudesse se interessar pela costureira - exceto para lançá-la num buraco sem fundo, com o que voltamos à tese inicial.

As amigas estão preparando uma homenagem simbólica para marcar o acontecimento.
Irma será recordada com um chá da tarde nas bordas de uma cratera na estrada. O convite descreve o evento e a cratera: vista es-pe-ta-cu-lar para o abismo, verdadeira sensação de perigo, troca de pneu grátis.

Para não haver risco algum de o convescote sofrer qualquer interferência danosa, Daer, EGR e Crema sequer serão avisados do evento.

- As crateras das estradas começam a rivalizar com o Itaimbezinho no quesito emoções - comparam as organizadoras do chá-celebração.

O desaparecimento da costureira não será denunciado às autoridades policiais. As amigas concordam unanimamente que é caso perdido, portanto nenhum pedacinho de Irma será recuperado. As amigas creem que a polícia tem mais do que se ocupar, como os ataques ao comércio e a pedestres. Ademais, alguma autoridade pode sofrer um troço só de pensar que teria de percorrer tão perigoso caminho. O que as amigas menos desejam é provocar transtornos aos policiais.

- Nem o Batman obteria sucesso. Como vasculhar centenas, milhares de buracos para saber em qual deles Irma jaz?

Todos ao chá, pois.

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