Embora o Crema/Serra esteja em andamento e o Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) tenha projetos de recuperação da BR-470, a rodovia segue em péssimas condições no aguardo da chegada das máquina no trecho.
Quase quatro meses após a federalização da rodovia, ocorrida em 17 de março, a reportagem da Gaúcha Serra percorreu a rodovia na manhã desta quarta-feira entre o chamado trevo da Telasul e Veranópolis. Nos 44 quilômetros que separam os dois pontos, pelo menos 189 buracos foram contabilizados. Em alguns trechos, o pavimento está tão danificado que não é possível contabilizar quantos buracos existem.
Em toda a rodovia, a maior parte dos buracos se concentra na pista de sentido Veranópolis-Bento Gonçalves. Os pontos com mais problemas são o trevo de acesso a Bento, a região do bairro São Roque e, principalmente o ponto entre os quilômetros 205 e 207, na região de Faria Lemos. Nestes dois quilômetros a reportagem constatou muitas irregularidades na pista e contabilizou 29 buracos.
O trecho da Serra das Antas também tem problemas de manutenção, principalmente no lado de Veranópolis, onde as terceiras faixas estão praticamente intrafegáveis e a água das vertentes escorre pela rodovia.
Os problemas, no entanto, não se limitam aos buracos. Motoristas que percorrem a rodovia devem ter atenção redobrada também devido à ausência de pinturas na pista. O DNIT incluiu a BR-470 no Programa Nacional de Segurança e Sinalização Viária (BR Legal), logo após a federalização. Para que a estrada ganhe reforço pintura, porém, é preciso a conclusão de um novo projeto.
Já o pavimento tem pelo menos três projetos de recuperação no trecho gaúcho. O principal é o Crema/Serra, que contempla a rodovia de Nova Prata a Bento Gonçalves. Como as obras foram contratadas quando a estrada ainda era estadual, ele segue sob a gestão do Daer. As obras, porém, estão previstas para chegar na BR-470, em Nova Prata, somente em novembro, porque o contrato prevê restauração também da RS-324, entre Casca e Nova Prata, onde as obras se concentram atualmente.
Os outros dois projetos foram lançados pelo DNIT e estão em fase de elaboração de contrato. Um deles atende o trecho entre Lagoa Vermelha e Barracão, na divisa com Santa Catarina. Já o outro prevê a recuperação de 150 quilômetros entre Bento Gonçalves e Pantano Grande, no Vale do Rio Pardo, com investimento de R$ 60 milhões. A licitação para a manutenção do quarto lote, entre Nova Prata e Lagoa Vermelha, deve ser lançada nos próximos meses.
Serra Imobilizada
Enquanto não recebe obras, BR-470 segue em péssimas condições
Rodovia apresentava ao menos 189 buracos na manhã desta quarta-feira
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