Os abalos em Caxias do Sul foram registrados pela rede de sismógrafos dos observatórios sismológicos mantidos pela Universidade de Brasília e também pela Universidade de São Paulo (USP). Embora a maioria dos relatos tenha sido de moradores da zona norte, os dados apontam que o epicentro dos tremores foram na zona sul da cidade, entre os bairros São Caetano e Nossa Senhora das Graças. Às 21h15min de quinta-feira, os equipamentos registraram abalos entre 1,9 e 2 graus na escala Richter. Foi por volta deste horário que os bombeiros receberam ligações de moradores assustados com o fenômeno.
De acordo com o técnico do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, José Roberto Barbosa, na sexta-feira as estações automáticas da região sul não haviam registrado os dados. Por isso, o observatório não tinha a confirmação do tremor. O sismógrafo mais próximo, que fica no parque do Caracol, em Canela, não estava enviando dados automaticamente e precisou passar por leitura manual. Agora, as instituições confirmaram a ocorrência dos tremores. Segundo especialistas, tremores com essas magnitudes são de baixa intensidade e não têm potencial para causar danos nas construções.
Em 4 de agosto do ano passado, Gramado registrou um abalo de 2,6 graus na escala Richter. Poucos dias depois, em 21 de agosto, Caxias registrou outro também, de 1,9 grau. A explicação dos geólogos é de que a Serra está sobre uma falha geológica e sofre constantes acomodações no solo, além da influência de terremotos na Cordilheira dos Andes. Apesar disso, a suspeita da Secretaria do Meio Ambiente é de que os abalos, desta vez, possam ter sido causados por explosões clandestinas.
Abalos
Tremor de terra em Caxias do Sul foi de 2 graus na escala Richter
Segundo especialistas, tremores com essa magnitude são de baixa intensidade e não têm potencial para causar danos
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