Às 11h desta terça-feira, dia 17/3, o governo federal assume a RSC-470. A assinatura do termo de transferência da rodovia do Estado para a União está marcada para as 11h e será feita em Brasília pelo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues. Com a transformação da RSC em BR, a expectativa é que mais recursos sejam alocados para obras na estrada que liga Camaquã ao Litoral de Santa Catarina, passando por 11 municípios da Serra.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda não divulgou o cronograma de obras na rodovia. Por enquanto, sabe-se apenas que o Estado vai manter o trabalho previsto no Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema/Serra) para os próximos cinco anos: dois para recuperar a estrada entre Bento Gonçalves e Nova Prata e três para manutenção. Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o investimento de R$ 36 milhões será mantido mesmo com a federalização da rodovia.
A grande esperança da Serra é que, sob administração do federal, obras reivindicadas há tempos sejam finalmente executadas. Entre as principais melhorias estão a pavimentação do trecho entre Nova Prata e Lagoa Vermelha, onde cerca de 40 quilômetros ainda são de estrada de chão. Com isso, deve aumentar o fluxo de veículos na estrada, gerando a necessidade de duplicação.
Outra reivindicação é a construção de um viaduto no entroncamento da RSC-453 com 470, no chamado Trevo da Telasul, em Garibaldi. Considerado um dos pontos mais perigosos da região - foram 7,15% das ocorrências na área do Grupo Rodoviário da Brigada Militar nos últimos cinco anos -, o local tem fluxo de veículos estimado entre 15 mil e 20 mil por dia.