Maurício Reolon: Mudar é preciso e saber escolher o caminho certo é o grande desafio das nossas vidas

Existem palavras que definem momentos, os dilemas e angústias de uma pessoa. Nestes últimos meses, me deparei com duas que estão cercando a minha rotina: escolha e mudança.

Um comercial faz questão de enfatizar que a vida é feita de escolhas. E realmente é assim. Escolhemos a preferência por uma cor, uma comida, um programa de televisão. Escolhemos amigos, roupas, religião, time de futebol e tantas outras coisas.

Neste caminho, as mudanças são consequências e fazem parte do crescimento de cada um. Mudamos de casa, de carro, de emprego, de melhor amigo, de namorada. De tudo um pouco.

As duas palavras já estavam no meu caminho e especialmente no último ano escolhi a mudança. Saí da casa onde vivi por 29 anos. Escolhi viver ao lado de alguém com quem quero compartilhar o resto da minha vida. E, com essas escolhas, como se diz no mundo virtual, mudei o status de relacionamento no Facebook.

É até difícil dimensionar. Quando se é adolescente, são tantas coisas a escolher e falta maturidade. É assim, principalmente, na hora de definir o curso a seguir na faculdade. Agora, perto dos 30, acho que é mais fácil compreender e definir um caminho mais próximo do ideal.

Nessa minha nova realidade, tudo o que se decide precisa ser compartilhado a dois. Diante disso, outra escolha importante. Acredito no casamento, mas ao contrário da Carolina Kloss, que falou sobre ele esses dias por aqui, mudei minha percepção da celebração em si com o tempo. Após pensar e conversar, chegamos a um consenso. Desistimos da igreja e do festão. Optamos por algo mais íntimo, apenas com o aval civil e uma janta simples. Fizemos essa escolha por diversos motivos. Entre eles, deixar a nossa casa, minha e da Uli, minha esposa, do jeitinho que a gente queria.

É lógico que novas mudanças estão logo ali na frente. E todos dias nos deparamos com elas. Mais ou menos importantes, elas nos impõem a necessidade constante de adaptações.

Mudar é preciso e saber escolher o caminho certo é o grande desafio. Me vejo mais maduro, mas ao mesmo tempo sem a certeza do que vem pela frente. Quem sabe, aos 40, esteja melhor.

* O colunista Marcos Fernando Kirst está de férias.