Uma auditoria, que avaliou o período do ano de 2013 até março deste ano, apontou que o Hospital São Carlos, em Farroupilha, tem um total de R$ 2 milhões de dívidas com fornecedores. A instituição tem outros R$ 15 milhões a pagar. Esse montante inclui, por exemplo, empréstimos bancários na ordem de R$ 6 milhões e gastos com funcionários. Mas são valores que estão sendo pagos.
Segundo o presidente do Hospital São Carlos, Vandré Fardin, a auditoria mostrou que contratos com médicos estavam acima do valor de mercado. Um deles, da especialidade vascular, recebia R$ 45 mil por mês por sobreaviso. Caso fosse chamado para atendimento, recebia mais o valor específico de cada procedimento.
Para sanar as dívidas, a administração do Hospital pretende contratar empréstimos com bancos públicos a juros menores. Contratos considerados deficitários também estão sendo rompidos ou refeitos. Vandré Fardin destaca que a auditoria apontou que uma reorganização interna é necessária para que o hospital passe a operar sem prejuízos.
- Nós vamos melhorar a maneira com que a gente compra, a maneira como a gente gere as partes internas do hospital e vamos conseguir calcular os preços dos novos serviços de uma maneira correta. Com essas medidas, nós vamos conseguir receber exatamente aquilo que a gente gasta e, com isso, buscar o equilíbrio econômico do hospital.
A administração do hospital também reavalia os contratos com planos de saúde. Mesmo antes da auditoria, foi identificado um prejuízo de R$ 300 mil mensais provocado pelo contrato com um convênio. Uma intervenção da prefeitura de Farroupilha, em março, colocou o São Carlos sob gestão pública.