A estação de transbordo Floresta, em Caxias do Sul, é alvo de vandalismo e de ladrões. Ainda sem data de inauguração prevista, os maiores estragos estão no prédio de apoio, reservado para serviços administrativos e sanitários.
As pias dos banheiros foram destruídas ou furtadas, as tampas dos vasos sanitários sumiram e alguns vidros estão quebrados. Os danos se acentuaram nas últimas três ou quatro semanas porque ninguém controla a obra que já consumiu mais de R$ 5 milhões em recursos.
A guarita da segurança virou dormitório para um morador de rua. O homem de 52 anos tapou duas janelas com um pedaço de colchão e cobertor. Dentro e ao lado da guarita, ele acumula objetos que cata para revender. Passa parte do dia sentado na entrada segurando um pedaço de ferro preso a uma corrente. Ele diz ter se mudado há cerca de um mês por causa do frio. Antes vivia na vizinhança, sob o viaduto Campo dos Bugres, na RSC-453.
- Uso essa barra para me proteger porque aqui tá feio mesmo - conta o homem.
O morador de rua providenciou até iluminação. A energia é puxada de uma sala por um cabo ligado à guarita. As luminárias da sala permanecem ligadas a maior parte do tempo, conta obviamente paga pelo município. O prejuízo também é visível no entorno.
Um dos gradis foi entortado de propósito e parte do calçamento já está quebrado.
O espaço é fundamental para a implantação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), bandeira do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT). O funcionamento de corredores duplos de ônibus nas ruas Pinheiro Machado e Sinimbu depende das estações Floresta e Imigrante (ambas ainda em construção).
Ali, passageiros embarcarão em ônibus expressos e semiexpressos que seguirão pelas ruas centrais no eixo leste-oeste e vice-versa.
Descaso
Estação de Transbordo Floresta, em Caxias, é depredada antes de operar
Guarita do segurança virou dormitório para morador de rua
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