A campeã de multas é a ERS-122, com 9.117 multas aplicadas, quase quatro vezes mais que a estrada federal. O radar TruCam é utilizado, em média, duas a três horas em até três dias por semana.
Os policiais operam em diversos pontos da rodovia, mas costumam instalar o equipamento em meio a canteiros. As exigências que a lei impõe para tornar a fiscalização legal é ter uma viatura adesivada estacionada próxima do radar, geralmente, na beira da estrada. Na ERS-122, é comum avistar policiais posicionados discretamente atrás de placas de trânsito.
A viatura fica do outro lado da pista. Além disso, o equipamento deve operar cerca de 300 metros distante de placas que sinalizem a velocidade máxima. Não é mais necessária a sinalização de radares móveis na rodovia desde 2011.
Ainda assim, as 11.867 multas aplicadas não refletem o tamanho da imprudência dos motoristas, já que os números poderiam ser ainda maiores. Isso porque a Polícia Rodoviária Federal não tem pessoal suficiente para fiscalizar diariamente a BR-116. O TruCam exige treinamento dos policiais, e o déficit de efetivo da corporação é de 20 profissionais. Por isso, a média de fiscalização é de dois dias por semana.
- Nossa dificuldade é a escassez do efetivo. Precisamos conciliar o radar com todos os outros serviços de rotina mas, ainda assim, trabalhamos com a média de duas infrações por minuto - avalia Josué Nery, chefe operacional da Polícia Rodoviária Federal de Caxias do Sul.
Ainda que o radar TruCam tenha potencial para acompanhar a velocidade que o automóvel trafega em até um quilômetro, esta distância precisa ser traçada em linha reta. Devido a sinuosidade das estradas da Serra, o máximo obtido é de 600 metros.
Dados
Rodovias que acessam Caxias acumulam mais de 11 mil multas em quatro meses
ERS-122 é a campeã de infrações, com mais de 9 mil aplicadas
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