Jogo de empurra impede a construção de novo prédio do Case em Caxias do Sul

Funcionários e internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias conviverão por mais tempo com a lotação e problemas estruturais da unidade. Isso porque a construção de um novo prédio, anunciado pelo secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira, em junho passado, não deve sair do papel tão cedo.

O projeto é motivo de um jogo de empurra entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) e a Secretaria de Administração e Recursos Humanos.
Segundo o diretor da Fase, mantenedora do Case, Marcelo Machado, o terreno de três hectares onde a construção seria erguida, no Travessão Dom Pedro II, próximo da Universidade de Caxias do Sul (UCS), não foi aprovado pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos do Estado. 

- A secretaria não nos informou o por que da negativa. Apenas que a área não condizia com o projeto padrão que deve ser posto em prática no Estado, conforme orientações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) - explica o diretor.

Outra sugestão de terra, também da prefeitura e situada próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, às margens da BR-116, em São Ciro, teria outra destinação e também não pode ser agregada ao projeto, segundo a Fase.

Mas, as informações que partem da secretaria estadual quanto ao projeto são contraditórias ao informado por Machado. De acordo com a assessoria de imprensa do secretário Alessandro Pires Barcellos, o projeto tramita normalmente pela secretaria e não houve qualquer apontamento relacionado ao terreno sugerido. Ainda segundo a assessoria, falta apenas o projeto passar pela comissão de finanças da pasta e, depois, ficará à disposição da Fase que deverá indicar o período para início das obras.

Sem definição prévia, Caxias perdeu prioridade dos recursos públicos para Porto Alegre e Osório, que já contam com projetos encaminhados e áreas aprovadas. As obras nessas regiões devem iniciar no segundo semestre, conforme Machado. Assim como Caxias, Santa Cruz também amarga a falta de terreno para receber a obra.

No lugar da construção de um novo núcleo, a Fase planeja a execução de obras de melhoria e ampliação do prédio atual como medida paliativa.