Nesta quarta-feira, entidades envolvidas na proteção e defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente participam, a partir das 9h, de uma audiência pública na Câmara Municipal de Vereadores. Entre as pautas da sessão serão discutidas as deficiências dos serviços assistenciais, o fechamento de Centros Educativos e o aumento de verba para a manutenção dessas entidades.
- Além de abrigar crianças e adolescentes enquanto seus pais estão no trabalho, os Centros Educativos promovem o desenvolvimento integral por meio de formas lúdicas, o que é diferente do turno integral. Os pais têm duas escolhas: ou param de trabalhar para cuidar dos filhos ou continuam nos empregos, deixando-os sozinhas em casa _ ressalta Elaine Lúcia Prigol da Silva, coordenadora do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente .
De acordo com Elaine, o diálogo entre o poder público e as entidades está enfraquecido e será discutido na reunião.
_ A gestão atual não está respeitando as entidades que conhecem os serviços e sempre deram conta dele, dentro do possível. As coisas acabam mudando de uma hora para outra, em uma postura em que as decisões são verticais, de cima para baixo, sem diálogo. Isso acaba dificultando muito o nosso trabalho, pois só consultam a opinião das entidades depois que as mudanças já foram feitas _ explica Elaine.
De acordo com a presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Marlês Andreazza, a autarquia não oculta informações das entidades que prestam serviços sociais para crianças e adolescentes:
- Levamos tudo o que fazemos às assembleias e os conselhos tutelares são informados de todas as decisões que tomamos. Em nenhum momento negamos informações às instituições - afirma.
Na ocasião, será discutido o aumento de verba para as entidades, que hoje contam com cerca de R$ 1 milhão, dentro do orçamento público. A comissão que está organizando a audiência pública tem representantes do Fórum do Direito das Crianças e Adolescentes, Conselho Tutelar Norte e Sul e Comdica.
Hoje, 52 entidades atendem cerca de 7 mil crianças em situação de vulnerabilidade social em Caxias do Sul.
