O acidente com Rafaela aconteceu sábado, enquanto a menina passeava com os pais, Daniel Dal Prá e Andreia Machado Konz, no largo do Santuário de Caravaggio. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Farroupilha, a menina não usava acessórios de proteção. O acidente traz um alerta para quem é pai: até que ponto esse brinquedo é seguro?
Réplicas de motocicletas de marcas famosas, as minimotos possuem as características de um exemplar de verdade: chassi de aço, rodas de alumínio, suspensão, freios a disco e, claro, motor de dois ou quatro tempos. Há uma grande variedade de modelos no mercado. As motos são recomendadas de acordo com a faixa etária da criança. De dois a quatro anos, os veículos são à bateria e possuem trava de segurança, pé de apoio e baixa aceleração. Acima dos cinco anos, as minimotos utilizam gasolina, suportam mais peso e têm aceleração maior. Apesar de serem comercializadas como brinquedos, é importante que os pais estejam cientes dos riscos que esses miniveículos podem trazer aos filhos.
O boletim de ocorrência da Polícia Civil não especifica a marca da moto conduzida pela menina. O veículo está detido para perícia. O Pioneiro não teve acesso à moto. O jornal pesquisou três marcas disponíveis no mercado. Ao consultar os manuais de instrução e utilização dos brinquedos, verificou que apenas uma das marcas consultadas recomendava acessórios de segurança.
De acordo com Carlos Roberto Noll, diretor geral da Secretaria de Trânsito de Caxias do Sul, é fundamental que os pais se conscientizem da importância dos acessórios de segurança para os filhos. Segundo ele, não há uma resolução nas leis que obrigue uso de capacete, cotoveleira e joelheira na condução de veículos infantis motorizados. Mas os cuidados devem partir do bom-senso.
- Independente de lei, o carinho do pai com o filho está acima de tudo. Não coloque uma criança a conduzir uma moto, bicicleta ou skate sem os itens para a sua segurança. Principalmente, sem o capacete - ressalta.