Clésio Cardoso Feijó, um dos proprietários da Pensão dos Viajantes que pegou fogo na madrugada desta terça-feira, acredita que as três pessoas que morreram durante o incêndio eram moradores fixos da pensão. O estabelecimento tinha 14 quartos, sendo que três eram ocupados por Ronaldinho, Pingo e Passo Fundo, que Feijó acredita serem as vítimas.
O dono e frequentadores do estabelecimento não têm certeza sobre o nome completo de dois dos três moradores. Um deles tinha o apelido de Passo Fundo e vendia vassouras, que ele mesmo fabricava. Ele tinha cerca de 40 anos, apresentava problemas de visão e há nove anos se estabeleceu na pensão.
Ainda conforme Feijó, Ronaldinho tinha 67 anos e veio de Lagoa Vermelha. Elza Mara Almeida, que trabalhava como auxiliar de limpeza na residência, disse que Ronaldinho estava debilitado, com problemas de pressão, e precisou por um tempo da ajuda dos donos e funcionários da pensão para tomar banho e se alimentar.
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Ademir Rodrigues, o Pingo, é o único que teve o nome confirmado. Segundo a sobrinha, Ranusa Vieira Rodrigues, 26, Pingo tinha 54 anos e trabalhava como ferreiro. Ele era natural de Caxias e morava na pensão há pouco mais de um ano.
- Ele era um cara honesto e trabalhador. Só tinha o defeito de beber. Mas nunca incomodou ninguém. Era muito próximo da família - disse.
Os familiares foram até o Departamento de Perícias do Interior (DPI) para identificá-lo, mas tiveram dificuldade em função do estado do corpo. Eles acreditam que Rodrigues esteja mesmo entre as vítimas, já que não foi mais visto, assim como Ronaldinho e Passo Fundo.
Crime na madrugada
Segundo proprietários, vítimas de incêndio eram moradores fixos da pensão que pegou fogo em Caxias do Sul
Identificação torna-se complicada em função do estado dos corpos
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