No próximo final de semana, a comunidade do distrito de Criúva, em Caxias do Sul, deve se reunir novamente para debater sobre a construção de um complexo na Unidade de Conservação Municipal de Proteção Integral Monumento Natural Palanquinho.
Distante cerca de 90 quilômetros do centro de Caxias do Sul, a unidade de conservação tem como atração principal o cânion Palanquinho. A formação, considerada o maior patrimônio natural do município, é originária do mesmo evento geológico que deu origem aos cânions do Itaimbezinho, em Cambará do Sul, há mais de 120 milhões de anos.
Conforme a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, os encontros servem para que a própria comunidade decida o que quer. As obras serão custeadas pela empresa Hidrotérmica S.A, que construiu as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Criúva e Palanquinho no Rio Lajeado Grande, e acordou um plano de compensação ambiental pelas obras.
Segundo o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento de Criúva, José Luiz Cavalli, a intenção é que as propostas estejam definidas dentro de, no máximo, 30 dias. Até o momento, afirma Cavalli, foram realizadas pelo menos cinco reuniões com integrantes da associação e representantes dos moradores de Criúva.
- A idéia é de que a própria comunidade se sinta responsável pela área, escolhendo o que deseja para aquele local. Afinal, ninguém destrói o que ajuda a construir - afirma o secretário de Meio Ambiente, Adivandro Rech.
Apesar de não haver projeto pronto, algumas estruturas devem ser obrigatórias: trilhas, espaço para alimentação, banheiros e um espaço para exibição de documentários sobre o Palanquinho. De acordo com Adivandro Rech, há planos também de implantar mirantes que avancem sobre a fenda, permitindo que o visitante possa admirar com segurança as belezas do cânion e do Vale do Rio Lajeado Grande, que acumula águas dos arroios Sepultura, Caixão e Palanquinho.
Confira no Pioneiro desta quarta-feira reportagem completa sobre as belezas do cânion